O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O amor é um encontro do espírito ao qual o corpo não quer faltar

7 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Brilhante maneira de dizer! Vale um poema! JCN

castus disse...

Sem dúvida!

rmf disse...

...não falta, não faltará...

(Não tem de ser, nem tem que ser, é, ou não é, será, ou não)

Abraço!

João de Castro Nunes disse...

Não pode o corpo faltar
ao encontro promovido
pelo espírito assumido
em pelo amor se afirmar!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Por falta de cortesia
a Serpente está morrendo:
o que ainda lhe vai valendo
é no fundo a poesia!

JCN

Paulo Borges disse...

A Serpente nunca morre
apenas se vela e corre

João de Castro Nunes disse...

Faço votos que assim seja
e que muitos anos viva
mesmo que se mostre esquiva
em qualquer sítio onde esteja!

JCN