terça-feira, 4 de outubro de 2011
Do fundo sem fundo de Todo o Mundo vimos
Do fundo sem fundo de Todo o Mundo vimos
Ao puro Ninguém lestos tornamos
Corações ao almo Esplendor erguidos
Néctar abundo, taças sejamos!
Da ronda do existir desprendidos
Saudade só da Grande Imensidão
Amor reúna os divididos
Amor ressuscite da mortal ilusão!
Sol e Lua, Prata e Ouro fundidos
Núpcias eternas de sábia compaixão
Adamantina folia bailemos
De delícias Jardim o coração!
Fonte de eterna juventude lesta corra
Gaia ciência do Infinito Esplendor
Dela vazios e nus nos inebriemos
Do mais puro e ardente frescor!
Corações taças ao Alto
Flamejante néctar ofertamos
Por que todo o ser livre seja
Bebamos, Irmãos, bebamos!
- Paulo Borges, in Línguas de Fogo, p.185
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5 comentários:
Parabéns, Paulo Borges
grato por tudo o que escreve
grato por tudo o que diz
grato por tudo o que faz
grato por ter estado no meu caminhoa
apesar de termos falado pessoalmente uma única vez, sinto muito a sua presença dentro de mim, desde aquele dia em que o vi pela primeira vez na UBP, já lá vão 4 anos.
Abraço
p.s. perdoe-me a minha pressa pois só faz anos daqui a uma hora e vinte minutos - devo estar com pressa de ir para o funeral...
Parabéns!!!
Nasceste e logo te deram uma pátria, um nome, uma religião. Deram-te um tecto a que chamar casa e um corpo para agir. Deram-te abrigo, afecto, trabalho, amor. Criaram moldes para o pensamento e prisões para a alma, jardins para repousar e escadas para subir; portas para abrir e para fechar. Fizeram de ti um labirinto para que esquecesses o que devia ser lembrado. Só começas a sair dele(do labirinto), quando percebes que quem és transcende essa pátria, esse nome, essa religião, esses moldes para o pensamento.
Deram-te um corpo para experienciar a vida, mas esse corpo abrigava uma alma espelho. Começas a nascer quando te libertas dessa pátria, desse nome, dessa identidade, dessa alma “iludida”; de tudo o que é transitório iludente e finito. Começas a nascer quando te vais desfazendo disso que te ensinaram a ver como realidade e começas a ver na nudez de tudo e de ti mesmo. Todo o resto do caminho é feito para te libertares da ilusão de ti e do mundo. Quando percebes que ser livre não é um propósito teu e que a ilusão de haver algo que seja ilusório é outra ilusão ainda… Aí começamos “a estar a tempo de nunca ter nascido.”
A isso levanto a minha taça e brindo! A isso bebo, irmão!
Que uma língua de fogo nos cubra de Santa Folia!
Parabéns e obrigada! Paulo Borges
Parabéns, Professor Paulo Borges, que este resto de dia seja muito feliz e zen :) Abraço amigo
atrasados
por ignorância minha
aí vão meus parabéns para
PAULO BORGES
Felicidades, grande abraço amigo
antónio saias
Obrigado a todos! Abraços
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