Quando o mar roubou o sal dos rios, bracejei
contra os predadores sem dar conta do encontro das águas. Estuário
fértil, onde a vida se procria.
Qando o sol iludia a noite alongando o dia, contemplava o céu. Apaixonada, descobria a vida. Equânime é o olhar de quem ama.
Cada
quarto de hora, ameaça a meia hora. Ruído infernal que anuncia a morte
do tempo. Cadenciado é o som, em cada intervalo da hora.
Entre a minha casa e o mar, existe um caminho de ferro.
O
silêncio aparece de madrugada, quando a estação adormece cansada, ou
quando os maquinistas fazem greve e as crianças do bairro colam seus
corpos nos trilhos como se fossem lagartos.
Uma sirene prolongada, anuncia a desgraça. Num lamento sombrio a noite escurece o dia.
Da minha janela vejo o mar. Noite e dia.
bom regresso
ResponderEliminarcom uma boa peça literária
beijinho
"Da minha janela vejo o mar. Noite e dia"... Beijinho Ethel.
ResponderEliminarObrigada, Platero - beijinho
ResponderEliminarNenhumnome - beijinhos mil :-)