domingo, 20 de novembro de 2011

Janelas II


Por vezes, já não há nada para ver, ou sentir.

24 comentários:

  1. Nada havendo para ver
    a partir das nossas casas,
    é melhor fazê-las rasas,
    sem ter janelas sequer!

    JCN

    ResponderEliminar
  2. Mas olhe, cara Senhora,
    que elas não servem somente
    para ver na nossa frente
    o que se passa lá fora,
    mas também para arejar
    as dependências do lar!

    JCN

    ResponderEliminar
  3. Tb gostei muitpo desta foto, as janelas são semptre adereços poéticos, muito mais do que as portas- JCN, Sua E,minência tem toda a razão, as janelas fisicas ou simbólicas arejam a casa, a mente. Eu até penso que ainda há muita herança árabe na cultura portuguesa quanto a esta questão das janelas, pois, por norma, têm tendência para fechar tudo com cortinas, estores, só há bem pouco tempo, com a corrente pós-moderna na arquitectura se começou a ousar fazê-las extensas- em África, as casas tinham sempre grandes janelas. Os meus Pais tinham uma casa mesmo em frente a um Mar translúcido com uma janela imensa...Julgo até que não é em vão o provérbio "Quando Deus nos Fecha uma porta abre-nos uma janela", pois a janela está simbolicamente associada à liberdade, nem que seja meramente simbólica...tb não será por acaso que se diz que os olhos são o espelho ou a janela da alma :) abraço aos dois

    PP :) só tenho pena é que prédios, casas e solares tão lindos em Lisboa e por esse Portugal fora, estejam ao abandono, patra os abutres boçais e venais lá construírem mais um mamarracho...enfim...

    ResponderEliminar
  4. Olhada sem poesia,
    qualquer janela não passa
    de uma ordinária vidraça
    de sentimentos vazia!

    JCN

    ResponderEliminar
  5. À volta de uma janela,
    quando existe inspiração,
    não falta motivação
    para um poema ou novela!

    JCN

    ResponderEliminar
  6. JCN, a banalidade é como uma pandemia que catapulta a vacuidade em qualquer objecto discursivo pleno de poesia...daí que olhos banais transformem jardins extensos em patéticos quintais! Os horizontes são proporcionais à mentalidade- quanto mais latos mais dados à civilidade!

    ResponderEliminar
  7. ...quanto mais parcos mais dados à mediocridade...daí a distinção ente acumulação de conhecimentos e Sabedoria- uma serve como meros ornamentos a outra como pólo de Vital Alegria, ainda que tristes estejam os olhos que se deparam com a desumana decadência degradante, cada vez mais abundante...i.e., lógicas distintas orientam pontos cardeais opostos, Deus Criou o mundo para que as almas evoluam pela polemos entre os opostos...

    ResponderEliminar
  8. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  9. É dar-me categoria
    apelidar de banal
    o meu jeito pessoal
    de elaborar poesia!

    JCN

    ResponderEliminar
  10. Muita pedra há que partir,
    em termos de alegoria,
    antes de na poesia
    a perfeição se atingir!

    JCN

    ResponderEliminar
  11. Perfeição na poesia,
    como em tudo quanto é arte,
    em qualquer época ou parte,
    não se alcança num só dia!

    JCN

    ResponderEliminar
  12. Escrever com singeleza,
    evitando a afectação,
    constitui por natureza
    a marca da perfeição!

    JCN

    ResponderEliminar
  13. Em tudo quanto se escreve
    para outras pessoas lerem
    e facilmente entenderem,
    ser transparente se deve!

    JCN

    ResponderEliminar
  14. Para ter foros de nível
    literário sem favor
    importa saber expor
    de maneira perceptível!

    JCN

    ResponderEliminar
  15. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  16. Saber e sabedoria
    são conceitos diferentes,
    como verso e poesia
    nada têm de equivalentes!

    JCN

    ResponderEliminar
  17. Não consiste o langará
    em ter tijolos à mão,
    mas em saber a função
    que cada um deles terá
    em termos de construção,
    não de mero... patuá!

    JCN

    ResponderEliminar
  18. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  19. Ninguém se pode arvorar
    em juiz dum ser humano:
    pode uma nódoa manchar
    qualquer género de pano!

    JCN

    ResponderEliminar
  20. Entre um cidadão bondoso,
    que ninguém de si repele,
    e um santo meticuloso
    meu voto vai para aquele!

    JCN

    ResponderEliminar
  21. Sem do rosto retirar
    o véu que o não deixa ver,
    nada poderei dizer
    sobre o seu particular!

    JCN

    ResponderEliminar
  22. A "saudade de não ser"
    todos nós a possuímos:
    o nosso mal é nascer
    sem sabermos ao que vimos!

    JCN

    ResponderEliminar
  23. O sublime poder de uma janela. Abre a conversa e espreita as ideias.´

    Clau

    ResponderEliminar
  24. Sem dúvida, Clau, o poder mágico das janelas que nos permite ver dentro e fora delas, a vista de cada um o permita...até porque cada ser é distintivo e podendo até compartilhar da mesma janela, certamente, verá diferentes "realidades" fora e dentro dela...
    FW, o esclarecimento nem precisa de ritmo, pois é similar tanto científica como humanamente, na perspectiva que invocou de o ser não o sendo somente (isto pega-se, JCN :)))... repare, assim como a ciência evolui por antíteses (uma teoria é válida até surgir outra que a destrone...), o ser humano só poderá evoluir através de obstáculos, que se revelam oportunidades de crescimento interior, verdadeiros instrumentos de aprimoração ou não, consoante a opção do livre arbitrio...agora, cada qual tem o seu percurso, a sua experiência de vida e o maior desafio é tentar sair de si de encontro ao outro, tentando entender a sua perspectiva (eu confesso que tenho tentado, mas quando me deparo com um certo tipo de pessoas, cada vez mais, muitas, recuo, recolho-me e penso que não tenho o direito sequer de tentar compreender seja quem for, apenas tenho, primeiro de me arrumar a mim, o que já se revela uma carga de trabalhos...:)...guardarei essa tarefa para a próxima viagem...talvez seja paradoxal, mas antes de determos a capacidade associada a essa descentração é fundamental centralizarmo-nos no eu, sem o elevar a farol, mas para o desconstruir, condstruindo-nos, conhecendo-nos a fundo, digerindo qual jibóia tudo o que se nos revela como pólo de perplexidade ou mesmo de incompreensão...olhe, nem eu mesma já o percebo em termos racionais, embora o perscrute intuitivamente, vá-se lá entender...

    ResponderEliminar