sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Janelas


Cada vez há mais janelas tristes nas cidades

20 comentários:

  1. Quantas vezes por detrás
    de uma janela fechada
    vive uma alma que não faz
    senão viver... para nada!

    JCN

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  2. Sim.
    Da janela espreita-se a passagem, não necessariamente a vida.
    Clau

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  3. Das janelas da cidade
    a maior parte da gente
    nada avista à sua frente
    a não ser... vacuidade!

    JCN

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  4. A pergunta é descabida,
    cara Senhora, porquanto
    o que é vazio na vida
    não possui qualquer encanto!

    JCN

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  5. Não há maior vacuidade do que a apócrifa e vã maldade assente em preconceitos que entopem o olhar :) se cada um se preocupasse a reconstruir as suas próprias podres estruturas não estava à janela como as coscibilheiras a palmilhar com olhos de águia quem ou aquilo que nunca poderá vislumbrar :))) i.e., há quem viva mais em janelas do que muitos que vivem como janelas que não dáo para o Mar... Isa

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  6. Das janelas do meu prédio
    ponho-me às vezes a ver
    o que se passa... sem ter
    para nada algum remédio!

    JCN

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  7. Mas gosto da foto- há ali uma decadência podre que emana algo igualmente em decomposição, o que não deixa de ser poético, não...

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  8. Bem, confesso que adoro janelas, não para perscrutar a superfície, mas a estrutura- sou muito dada ao que está no backtage- do palco só me interessa apagar as luzes que nos atordoam o olhar- esse é o primeiro passo...o segundo e os seguintes não digo, cada qual que o descubra que já terá muito com que se entreter, dado que há uma clara distinção entre observar e ver :)))

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  9. O mal da sociedade
    é não ir nunca à janela
    para ver, através dela,
    o que vai pela cidade!

    JCN

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  10. Que entende por preconceitos,
    cara Senhora, que impedem,
    como opacos parapeitos,
    ver as coisas que sudedem?!

    JCN

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  11. Não queira, cara Senhora,
    confundir por miopia
    podridão com poesia
    numa visão redutora!

    JCN

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  12. Corrijo, na minha penúltima quadra, a gralha "sudedem" por "sucedem". JCN

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  13. Sua Eminência, há podridões degradantes e podridões edificantes...a da foto simplesmente me lembra a do abandono de ilusões, a da decadência de sonhos, a da morte inexorável daquilo que vitalidade exalava, e essa é poética, é Elevada-lembra-me aquele filme com a Gwyneth Paltrow sobre o Great Expectations- aquela casa ao abandono junto do Mar, onde uma senhora vivia um morto sonho e com este outros amortalhava em vida, mas onde os pássaros se recolhiam como um Lar...é dessa poesia que falo- a de que a maior janela da casa ser a da ausência de tecto que dava para ver o céu estrelado e acolher com afecto o scent do Mar Salgado...abracito

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  14. Aqui está uma das cenas mais comoventes :) http://www.youtube.com/watch?v=F56O9tp-iFo&feature=related

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  15. Caro João,
    por vezes o vazio é criador, não necessariamente abandono. Pelo menos é assim que o sinto. Do nada surge a plenitude. Mas há verdade no que diz, o que fica vazio eternamente não possui encanto, nem vazio. Obrigada pelo comentário.
    Clau

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  16. Cara Isa,
    partilho consigo o fascínio por janelas, não no sentido da "coscuvilhice Vicentina" mas da metáfora.
    O abandono de algumas janelas assusta-me.
    Abraço
    Clau

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  17. Não se assuste, Clau, que se o abandono estiver escrito nada pode ser feito, nada pode ser dito, apenas a Paciência e a Humildade podem converter o sofrimento em Verdade...cada qual com a sua, como cada qual com o seu percurso haverá de encontrar várias janelas abertas ou fechadas de acordo com as portas em que resolve entrar ou negar...nada fica por explicar ou à base retornar...

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