sexta-feira, 8 de abril de 2011

Morríamos até às onze da noite, depois fugíamos cada um para sua casa. eu deitava-me na cama, quieto, feliz como um homem gordo. tu, talvez fizesses o mesmo, ou talvez risses para as paredes. ou simplesmente dormisses sobre a minha morte. seja como for, até às onze da noite de todas as noites éramos onze vezes maiores que um Deus a parir o seu mundo. talvez pela certeza das mãos, ou do silêncio, que depois de dissolvido na terra, fazia crescer novo dia. seja como for, depois das onze da noite fugíamos cada um para sua casa, porque o amor ainda era uma criança.

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