a Baal,
"Quem esperamos? Quem,
No silêncio, na sombra, no deserto?
O Menino divino de Belém,
Ou o rei Encoberto?
Esperamos alguém:
Qualquer que tenha o coração aberto.
É demais esta ausência, este vazio!
Quem adorar, servir, como Deus e senhor?
– O que estender a ponte sobre o rio
Da miséria e pavor !
O que apascente e que semeie em desafio!
O que disser:
Eu sou! E for."
António Manuel Couto Viana
imagem: CqM Viana do Castelo
E enquanto se espera? O que se espera em quem?
ResponderEliminarE o que podemos ver em quem esperamos, senão nós mesmos?
ResponderEliminarSe tudo o que é, já existe, então basta deixar que ocorra.
Permitindo ao outro que cresça, até nós, na liberdade de todos.
Pois:
"O tempo dos outros é o tempo de Deus."
Mas sempre chega a hora de agir!
ResponderEliminarComo posso eu agir, se me encontro na inanidade?
ResponderEliminar'e o que podemos ver em quem esperamos, senão nós mesmos?
ResponderEliminarse tudo o que é, já existe, então basta deixar que ocorra.'
sobre isto vou pensar e não é fácil.
sempre acreditei num princípio e numa finalidade. e que nesse princípio tudo estava definido, a liberdade não passa de uma ilusão.
obrigado anaedera (pela dificuldade).
Por quê o porquê de se esperar? Porquê?
ResponderEliminarAinda não viram que, para o BAAL, todas as "esperanças" foram para a cova com o josif... de bigodeira aparada e em vias de canonização pelos ortodoxos, em cujas igrejas ele ia por vezes fazer as suas orações... encapotadamente, à sorrelfa? E lembrar-se a gente que ele descendia de uma família judaico-portuguesa! Que glória! Qual Menino Jesus ou D. Sebastião!
ResponderEliminarDjugashwilli, ó Anaedera, Djugashwilli! JCN
"O que disser:
ResponderEliminarEu sou! E for".
Este poema é toda uma conversa com o Baal e com o que em nós medita sobre o que espera, cada um de nós, de si, no mundo e no mundo em si.
Este final, retira toda a esperança vã de encontrar esse Menino divino fora de nós mesmos.
Esperamos alguém que dorme, mas simultaneamente age: estende "...a ponte sobre o rio/Da miséria e do pavor!" Estende a ponte!
Em quem esperamos, já cá está e o devir nasce, sempre que formos, vamos!
Um abraço. Gostei muito deste poema. Acho que está muitíssimo bem dedicado.
Daqui mando um abraço a Baal, o nosso deus "deleuziano!" e imanente...
pelo menos o 'josif' mandou o crápula do hitler para a cova.
ResponderEliminar'senhora que o velho se quer levantar
dá-lhe na corneta e põe-no a andar.'
à luta
Isso mesmo Saudades,
ResponderEliminarEsperar é adormecer, até que desperte o que só pode estar em cada um.
Uma acção latente de já estar a ir. A plenitude da força, no que está parado.
Porque espera...
Obg
R.Felix
Tudo o que é vivo mexe!
Baal
Também acredito num princípio e num fim.
JCN
Djugashwilli?!
Sinceramente... Que música de banda!
ResponderEliminarNo próximo carnaval vou desfilar com as vossas palavras e uma lágrima pintada debaixo de um olho!
Não conhecia nada do poeta.
ResponderEliminarantes de acabar leitura do poema pensei que estava a ler "Saudades"
-uma versão soft de Saudades para mimosear Baal
as pontes são estruturas terríveis
para as cogitações dos indecisos. é a meio das pontes que eles se questionam se devem prosseguir ou
retornar.
Só os indecisos?
Mas que grande elogio que o Platero deu à Metáfora que constitui o poema de Saudades!
ResponderEliminarEssa da "versão soft" é que me deixa um bocadito confusa e em meditação. Um mimo é coisa que gosto de oferecer. Dir-se-ia que dependo deles para receber em dom e dádiva.
Anaedera, a versão feminina ou travestida (Platero, será um novo Fausto?) do menino da lágrima deixa-me sensibilizada. Pelo bom gosto, já que o bom senso!...
Um beijo a todos.
Estou realimente muito constipada!
P.S. Que saudades tenho eu de Lapdrey!
Há, mas já não está cá.
Parece que nem com pontes, o fazemos voltar! Até porque não seria preciso: o sujeito tem asas!
Fausta, Fausta!!!
porque a meio da ponte há ainda uma
ResponderEliminaroutra alternativa
:
jogar-se dela abaixo
Ó saudades, gosto tanto quando te atravessas por mim. Até parece que bebo red bull, ganho asas de tão permeável... Sempre que falas comigo, não sou eu e é bom. O Ser existe porque outro existe e a sua importância é relativa à importância de outro porque o outro é que é um Ser.
ResponderEliminarUm afago. Na ponte.
Faus(tina)
ResponderEliminarAgarra na ..tina e toma banho para te passar os gostos dos afagos nas pontes...
Estranhos gostos!
Mas está bem, cada um... com a sua... "permeabilidade".
Quanto ao poema, é muito belo. Eu "achar"!
Beijinhos
A tua mente é uma ilusão, saudades. Eu ter a certeza. Espreito-te para dentro e o deserto é um oásis pintado no céu, essa parede que nunca devia ter rodado para cima.
ResponderEliminarFaust(anda),
ResponderEliminar"Tás-te a passar?!"
Não vês que a ilusão faz tempo que deixou de ter Saudades?
(sorriso)
Gosto da parede a rodar para cima.
E aprecio muito as metáforas que usas.
Também te acho graça. Muita.
Se tivesse tempo e não tivesse um bocadinho febril, ensinava-te algumas para acrescentares ao oásis do céu por onde me espreitas.
Um beijinho, Fausta.
A Anaedera, baal, Rui e JCN e Platero, claro. Um sorriso de simpatia
P.S. Viste por aí o Lapdrey? Tenho tantas Saudades dele! Mas sei que ele não volta... e não me importo...
A ninguém espero!