terça-feira, 2 de março de 2010

mais uma vez (para lembrar que é preciso clarear)

'nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é portugal a entristecer-
brilho sem luz e sem arder,
como o fogo-fátuo que encerra.

ninguém sabe que coisa quer.
ninguém conhece que alma tem.
nem o que é o mal nem o que é o bem.
(que ânsia distante perto de chorar?)
tudo é incerto e derradeiro.
tudi é disperso, nada é inteiro.
ó portugal, hoje és nevoeiro...

é a hora!

valete, fratres


fernando pessoa, mensagem,iii os tempos, quinto, 'nevoeiro'

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Hora de quê, pá? Da costumada bagaceira?!... Depois das libações... surge o "nevoeiro": lá volta o D. Sebastião para realizar o prometido "Quinto"! Tens piada, pá! JCN

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  3. Mas, se não fosses tu, pá, a serpente podia fechar a loja... por falta de freguesia. Já quase tudo... desarvorou. Por mim... estou a fazer as malas. Um tédio! JCN

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  4. é verdade jcn. retiro-me mas...algumas polémicas mostraram alguma 'poesia' e inteligência. lugares para combatermos é o que não falta.

    viva josef. abaixo joão. até à próxima pá.

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  5. é verdade jcn. retiro-me mas...algumas polémicas mostraram alguma 'poesia' e inteligência. lugares para combatermos é o que não falta.

    viva josef. abaixo joão. até à próxima pá.

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  6. Certo é que o nevoeiro se levanta à primeira luz do sol, ardente...

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  7. E porque não ?

    Onde é que estão os que andam perdidos e não se encontram ?

    E onde é que estão os outros como nós com a consciencia para actuar ?

    Estamos aqui, e em frente daqui seguimos, e se não fossem eles mesmos que seria de nós ?

    Lanço a minha questão, e nos céus nos ergamos para que toquemos a terra na companhia de nossos irmãos para que despertem deste sonho adormecido.

    À luta, Às Armas
    Pela Pàtria
    Pelo sonho das eras Português
    Por nós
    Livres de alma
    Espirito
    Ofegantes de Liberdade.

    Além Mar
    Além frontreiras..

    Vazios de nada
    Cheios de tudo.

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  8. "Molto istérico"

    Tão próximo da nossa melancolia.

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