terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Refundar a Vida

Portugal, ou é tido como uma espécie de "Cristo planetário" que tem de morrer, enquanto nação e país, para que o que o seu sentido de ser ou "missão" se cumpra, ou é uma espécie de adiar de cadáver que já nenhum abutre pega, para tentar chupar os ossos até ao tutano, ainda que seco.

Entre uma coisa e a outra está o quotidiano, seja dos que cá vivem ou vivem como sendo de cá, onde quer que estejam.

Ora é o quotidiano que precisa de ser refundado (é nesse que reside o pântano que nos sentimos), e refundado nos seus alicerces - que são as pessoas e o sentido da sua vida -, e não na abstracção das intenções (por boas ou excelentes que sejam), vindo do geral para o particular.

É das pessoas, da sua autencicidade uni-multíplice, da crueza e verdade da sua vida, dos seus problemas, que podem, que poderão brotar as sementes férteis duma mutação radical e perdurante.

Damien

3 comentários:

  1. Damien,
    sentirei falta do fogo que constantemente lançava sobre nós e, particularmente, sobre mim. Nunca me esquecerei a primeira vez que me incendiou. Vim eu despejar as minhas convicções num comentário vão que, após o efeito furioso da sua espada aprendi que qualquer verdade alicerçada por convicções está seriamente sujeita a desabar. A vida é amarga e há que vivenciar toda a sua crueza para morrermos e refundarmos-nos, não em alicerces de areia mas sim em nada.
    Eu sei que voltará... Até lá, (ini)migo!

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  2. É bom ver que alguém consegue apreciar quem o ataca e o efeito purificador do ataque... É cada vez mais raro e faz muita falta nesta vanidade chamada blogues.

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