A morte é uma simples mudança de vestuário e de cenário; a tragédia é sempre a mesma. Será? O essencial é que não caia o pano definitivamente, separando o palco da plateia. O que é preciso é que o homem, transviado do seu corpo, se encontre no seu espectro, e o seu espectro seja ele, e ele seja o seu espectro por toda a Eternidade. Ámen!
Teixeira de Pascoaes, O Pobre Tolo, Lisboa, Assírio e Alvim, 2000, p.44
Não será melhor despertar do que ser mero "espectro"? Claro que Pascoaes, ao falar de "espectro", também falava do "espectador" transcendente que em nós é livre de tudo, do bem e do mal.
ResponderEliminarA morte é o que nos mantém vivos!
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