quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entra na dança!


No meio do jardim analógico

Estão os macacos de imitação

Põem penas em bonecos

Para consolo zoológico

Duma parca imaginação

Em vez de gritos são ecos

Duma triste repetição

De grandezas passadas

De promessas ousadas

De passadas demasiado largas

Para pernas de morcego

Que vistas largas tem um cego

Só com olhos de ver ao perto?

Ser camelo é num deserto

A melhor sina que pode haver

Mas ser leão é melhor

Se queremos erguer-nos e crescer

À estatura duma criança.

Esta não se desilude do amor

Nem quer ver naufragar a esperança

Tem por único Senhor

O infinito sem nome

E não confunde o ser Doutor

Com o andar a morrer à Fome.

4 comentários:

  1. Gosto desta fase mais bem-humorada, irónica e solta!

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  2. Doutores não faltam; o que falta... são Poetas! JCN

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  3. O mal dos males... são os poetas que andam "a solta"! JCN

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  4. Andam poetas à solta, JCN?

    "Vocemessê" não chega lá com as pedras?

    Mais balanço! JCN :)

    (Um sorriso para si, e para o Paulo, "poeta à solta" da lusó-folia!)

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