quinta-feira, 5 de novembro de 2009

devir revolucionário

o plano de imanência onde pululam os conceitos é o princípio da filosofia.

O conceito não é um movimento unilateral (uma luz dirigida para a coisa), mas sim imanente à realidade, brota dela e serve justamente para torná-la compreensível. O conceito não é uma representação, muito menos uma representação universal, é uma aventura do pensamento. Todo o conceito é um multiplicidade, totaliza oe seus componentes ao constituir-se, mas é sempre um todo fragmentado, o próprio conceito é uma problematização, um devir revolucionário no infinitamente pequeno, um pensar molecular, desterritorializado e sempre territorializado lateralmente, horizontalmente, nunca hierarquicamente, verticalmente.

7 comentários:

  1. emendo: o 'T' passa a 't' e o 'O' a 'o', descuidos.

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  2. Caro baal, não vejo o conceito (con+capio) senão como uma garra que tudo quer agarrar e nada agarra... Muito menos o nada.

    Mais vale partir, dançar e cantar

    À desgarrada!

    Saúde

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  3. caro paulo,
    nada fica, nem a filosofia?
    a minha resposta é concordante.
    mas como agir? questão que tem colocado.
    não será necessário criar conceitos sempre mutáveis (em caleidoscópio)como forma de cumprir um desejo tendente a criar 'algo',não é isso que o paulo tenta produzir (os conceitos são produçao que pressupõe mutação)com as suas propostas?
    saúde
    para ser sincero cada vez é mais a vontade de partir à desgarrada, força dos tempos que correm.
    à luta

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  4. Claro, os conceitos podem ser usados, como instrumentos, enquanto forem necessários. Mas a verdadeira revolução, creio, está em deixá-los todos cair e soltarmo-nos na liberdade que há em nós. Des(a)garrarmo-nos!

    Pois de um mundo de agarrados (ao poder, à riqueza, à fama, à espiritualidade, a si) já estamos fartos!

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  5. Novo "Grito do Povo", baal:
    Des(a)garremo-nos!

    Um braço para a dança que nos des(a)garra, "desconceituando-nos" de nós..."deleuzianamente"... de modo esquizofrénico des-capitlizado (risos)

    Um "pensar molecular,desterritorializado", como bem diz Deleuze, horizontalmente...

    Todas as letras "capitais" são descapitalizadas. Já!

    Um abraço fraterno.

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  6. saudades da fec(ml), saudades(risos)?
    é verdade, torna-se premente agir. caso contrário não é sem país que ficamos, mas sem vida que mereça ser vida (pelo menos enquanto passamos)os princípios, os autores são para ser adulterados (como o que amamos) é esta a nossa forma de os respeitar.
    à luta.

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