fotografia de Georges Dussaud
SEGREDO COREOGRÁFICO PARA DANÇAR (AQUI)
A quietude é o corpo demasiado impregnado de movimento
Abra e feche os olhos, pensando que as pestanas são asas de libelinhas.
Feche os olhos e permaneça no escuro como se adormecesse.
Abra os olhos devagar e enfrente a luz.
Feche os olhos, pense numa coisa que lhe faz bem e sinta como esse pensamento chega aos lábios. Abra os olhos devagar e sinta o sorriso em toda a cara.
Escolha uma pessoa com quem possa cruzar o olhar. Fique à espera do que acontece.
"Vilarinho Seco, Serra do Barroso, Trás-os-Montes",
Dezembro de 1983
Sexto segredo
Morder a luz com a presença
Olhar, fazer uma ponte com os olhos, aparecer, iluminar
Riso, brilho das sobrancelhas, electricidade nos olhos, cintilação
Morder a luz com a presença
Olhar, fazer uma ponte com os olhos, aparecer, iluminar
Riso, brilho das sobrancelhas, electricidade nos olhos, cintilação
Acender com o riso a sua luz
corpo pirilampo
corpo pirilampo
SEGREDO COREOGRÁFICO PARA DANÇAR (AQUI)
A quietude é o corpo demasiado impregnado de movimento
Abra e feche os olhos, pensando que as pestanas são asas de libelinhas.
Feche os olhos e permaneça no escuro como se adormecesse.
Abra os olhos devagar e enfrente a luz.
Feche os olhos, pense numa coisa que lhe faz bem e sinta como esse pensamento chega aos lábios. Abra os olhos devagar e sinta o sorriso em toda a cara.
Escolha uma pessoa com quem possa cruzar o olhar. Fique à espera do que acontece.
In Carta Coreográfica – “O corpo como adivinha, A dança como fábula”
AGEN 2009 - ACÇÃO NACIONAL
TERRITÓRIO ARTES
TERRITÓRIO ARTES
E bom mesmo é fazer isto no meio da rua. Gostei muito.
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarHá segredos que, depois de revelados assim em poesia do corpo, chegam à alma e regressam em rosto de sorriso para o mundo*
Obrigada pela partilha.
Beijos*
bom dia miguel.
ResponderEliminaresta fotografia é uma das nossas, diria.
aqui no museu temos a recolha do serviço cívico estudantil (1975), orientado por michel giacometti. são 'espectaculares' as fotografias feitas nessa altura. os artistas (jovens estudantes) ,
o povo, e uma terra granítica e resistente.
gostei da experiencia, de a fazer aqui mesmo. Um abraço Joana
ResponderEliminarNão consigo comentar...
ResponderEliminarUm sorriso me abre em dentes a flor do riso que me sobe aos olhos.
Gosto da receita, da expressão e do poema do "corpo pirilampo" é o que sempre faço. Não fico à espera, atravesso. O sorriso em toda a cara é um reflexo iluminado da minha Alegria que é a tua Alegria, também.
Acender essa luz, no movimento brando de olhos, "libelíssimas" asas...
Rui, sorrio para si e para o post, e para tudo em tudo.
Boa noite amigos.
ResponderEliminarAcorre-me dizer que não há nada mais verdadeiro que o sorriso de uma criança.
Verdade exclusiva? Penso que não. Até no adulto, quando não se esquece da criança que é.
Laura, muito obrigado, e respondo, claro que sim, o bom é fazer isso, seguindo todo o protocolo (sorriso), e no meio da rua. É gratificante. Há desses sorrisos, esses que se recebem e nunca se esquecem, e por vezes, são tantos e tão ao mesmo tempo, que ficamos sem saber como sorrir, ficamos sem saber como se sorri, e sorrimos… sem saber como. Esse ou este, nesse momento, é um sorriso verdadeiro. Um abraço.
*Sereia
:) Confirmo o segredo desse grande sorriso!… saiu daí, chegou aqui, e passou para ainda além de cá, para o mundo inteiro! Valha-nos a internet! :) Abraço líquido! :)
Giacometti, um registo que desconheço, quase na íntegra, porque como muitos, é enorme. No entanto, não posso deixar de me lembrar que foi o primeiro que pela música e muita fotografia, me deu a conhecer, de certa forma, a criar uma imagem relativa a uma vasta área até então desconhecida. Giacometti, ‘sem palavras’, um grande coração. Mas já agora Baal “aqui no Museu”… Setúbal? Muito obrigado por esta lembrança. :)
Joana, como vemos, é fácil sorrir
em qualquer lugar.
Um sorriso :) e um abraço também.
“Abra os olhos devagar e enfrente a luz”… é aí que as "libelíssimas" asas nos contemplam e deslumbram ao desvelar o gracioso movimento que as adorna. É nesse momento, que o tremeluzir dos olhos, oscila por dentro do movimento… por fim, as pálpebras separam-se, devagar, e toda a luz é recebida. Por nós, por todos aqueles que acreditam que é possível sorrir, não muito de vez em quando, mas sempre. Um abraço amiga :)
Alegria precisa-se! Até a preto e branco!
Uma noite excelente para todos!
Obrigado.