Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
Talvez a passagem de Sri Aurobindo (ainda hoje umas das maiores autoridades no estudo e exegese dos Vedas), e que abaixo transcrevo, possa contribuir um pouco para as tão diversas leituras possíveis da imagem aqui publicada por Anaedera:
"Aparentemente, os frutos da oferenda afiguravam-se ser, nos hinos [védicos], de ordem puramente material: vacas, cavalos, ouro, prole, homens, vigor físico, vitória em batalha. Portanto, a dificuldade aqui aumentava. Mas eu já havia descoberto que a vaca védica, animal inexcedivelmente enigmático, não provém de nenhum rebanho terrestre. A palavra 'go' [traduzida vulgarmente por 'vaca'] significa, com efeito, a mesmo tempo, vaca e luz, e num grande número de passagens tem, com toda a evidência, o significado de luz, ainda quando seja a imagem da vaca que sobressaia. Isto é sobremaneira claro quando nos deparamos com as 'vacas do sol' – o gado de Hélios, em Homero – e as 'vacas da aurora'. E a Luz física, interpretada em termos psicológicos, pode muito bem ser usada como símbolo de conhecimento e, muito em especial, de conhecimento divino."
(Sri Aurobindo, "The Secret of Veda" in "The Complete Works of Sri Aurobindo", vol 15, Ed. Sri Aurobindo Ashram, 1998, pág.34.)
Fazendo caso omisso da "védica vaca", aqui chamada para coisa nenhuma, fico-me pela beleza da vaquinha da estampa, que realmente é muitíssimo liiinda! Faz-me lembrar um dos mais belos "ensaios" do saudoso Dr. Joaquim de Momtezuma de Carvalho sobre a meiga vaquinha galega. Um primor de escrita literaria! Coisas de Poetas... com sensibilidade autenticada, tanto em prosa como em verso! JCN (indo-europeísta)
A deusa do "Empecido" de Pascoaes, descida à terra?
ResponderEliminarDesconheço, mas pode ser, porque não? Para mim é apenas liiiinda!
ResponderEliminarTudo o que é liiindo... é realmente divino! JCN
ResponderEliminarTalvez a passagem de Sri Aurobindo (ainda hoje umas das maiores autoridades no estudo e exegese dos Vedas), e que abaixo transcrevo, possa contribuir um pouco para as tão diversas leituras possíveis da imagem aqui publicada por Anaedera:
ResponderEliminar"Aparentemente, os frutos da oferenda afiguravam-se ser, nos hinos [védicos], de ordem puramente material: vacas, cavalos, ouro, prole, homens, vigor físico, vitória em batalha. Portanto, a dificuldade aqui aumentava. Mas eu já havia descoberto que a vaca védica, animal inexcedivelmente enigmático, não provém de nenhum rebanho terrestre. A palavra 'go' [traduzida vulgarmente por 'vaca'] significa, com efeito, a mesmo tempo, vaca e luz, e num grande número de passagens tem, com toda a evidência, o significado de luz, ainda quando seja a imagem da vaca que sobressaia. Isto é sobremaneira claro quando nos deparamos com as 'vacas do sol' – o gado de Hélios, em Homero – e as 'vacas da aurora'. E a Luz física, interpretada em termos psicológicos, pode muito bem ser usada como símbolo de conhecimento e, muito em especial, de conhecimento divino."
(Sri Aurobindo, "The Secret of Veda" in "The Complete Works of Sri Aurobindo", vol 15, Ed. Sri Aurobindo Ashram, 1998, pág.34.)
Fazendo caso omisso da "védica vaca", aqui chamada para coisa nenhuma, fico-me pela beleza da vaquinha da estampa, que realmente é muitíssimo liiinda! Faz-me lembrar um dos mais belos "ensaios" do saudoso Dr. Joaquim de Momtezuma de Carvalho sobre a meiga vaquinha galega. Um primor de escrita literaria! Coisas de Poetas... com sensibilidade autenticada, tanto em prosa como em verso!
ResponderEliminarJCN (indo-europeísta)