terça-feira, 8 de setembro de 2009

As pátrias têm prazo de validade. Consumi-las para além disso envenena.

9 comentários:

  1. Nem tu. Por isso estás aqui, no blog das almas penadas. Bardo triste, sem bar.

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  2. As pátrias têm prazo para serem consumidas até para além das ideias de pátria. E para além delas não há veneno que mate?

    As pátrias são consumidas pelas pátrias futuras?

    A pátria consome-se a prazo?

    O desAmor envenena a Pátria?

    Não há pátria? Só mátria?

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  3. Quando estiver com pachorra, vos direi, em soneto, camoneando, o que é... a PÁTRIA. Agora... vou dormir, sem antes perguntar: se não existem, porque vos fazem tanta mossa?!... JCN

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  4. Só há pátria do que seja.
    (note-se que escrevi "há", não escrevi "existe")
    Não sei se a há só dos homens: creio que os deuses também a têm, no que lhes é fonte e origem.

    Quanto à "validade".
    O valor vale apenas para quem tem algo ou alguém como válido ou valioso para si.
    Isso faz o mestre, o ídolo ou a mera referência, a quem os tenha como âncoras de pertença.

    Que disso haja princípio e findor de tempo no tempo, mais depende de quem lhos confira - isto, em ambos os sentidos do verbo: aferindo, como verificação e, nisso, dando ou desdando-lhe seja o que for que dar se lhe queira.

    Assim como só há Deus para quem O queira Deus e deus para esse que o queira(mas nisso Ele apenas está no como e no quando ele esteja para quem o queira), assim também só há pátria, se a haja, para quem tem nela (nisso que ela é para cada um que a tem por tal) a raiz anteprimeira de todo o suceder pessoal/colectivo.

    Isso tem uma alma de povo, e o povo tem rosto de gente - pode é ser gente sem rosto, de caras sem face, ou faces já sem a luz de tal antemanhã.

    Quanto ao veneno, enfim, toma cada um o que quer e quanto e como quer: sempre sabemos, de algum mais ou menos misterioso modo, se o nosso viver é autêntico ou envenenado.

    Em geral, traímo-nos (bem o sabe cada um, melhor do que ninguém) por tudo o que menos tem âncora no mais derradeiramente primevo e ante-primevo.

    Somos, quiçá, alfim realmente apátridas de nós mesmos...

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  5. Não existem pátrias... mas existe... a PÁTRIA! Com hino, bandeira e... tudo! JCN

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  6. Voltando à pátria, para quem a toma como o "lugar" onde assentam as raízes da nossa ancestralidade e temporalidade, a pátria país, existe mas não se limita a um hino, uma bandeira, uma pertença.
    Por esta última razão se armam de combate e morte os homens que a querem proteger de outros homens. Tomando como existentes tempo e espaço, mundo, portanto,não podem consumir-se, nem podem memo ter prazo de validade. A história e a vivência humanas têm mostrado que a Pátria afectiva e a pátria real, a pátria sonhada e a pátria de fronteiras não coincidem.

    Seja a pátria o lugar de origem, esse que existe para lá das pátrias terrenas, num insituado lugar em que nos sentimos mais nus, em que a nossa sombra é do tamanho do homem que nos sonhamos, esse que talvez seja o mais estranho lugar que nos habita.

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  7. Não vou nessa cantiga, ou seja, nesse canto de sereia--- desafinao! JCN

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