caos
caos é a palavra
ascese no café - quantos copos?
o mundo perde-se em mim
automaticamente:
perco-me no mundo
ilusões emoções
libertação de peles: não é assim a Serpente?
Que Deus - que deus? - nos proteja - de quê?
força sobre-humana, tudo em mim sustento
excepto a mim
de mim não recatado
vasto campo de mente (não jogo palavras - demente)
ebriedade e sentimento
isto é um poema? que dilema!
Homessa, como diria JCN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
caos
caos é a palavra.
"Pour bien"
ResponderEliminarHá quem veja na crítica uma ofensa,
abominável por assim dizer,
mas quem desta maneira julga ou pensa
não tem razão nenhuma para o crer.
Aliás, é conhecida a reacção
de Salazar às críticas honestas:
por mais legal que fosse a intenção,
eram-lhe sempre odiosas e molestas.
O mais provável que sucederia
a quem dele dissesse algo de mal
era candidatar-se ao Tarrafal.
Porém, segundo a etimologia,
sem ofender a crítica não passa
dum juízo de valor… que até tem graça!
"Atirai pedras, medíocres!"
ResponderEliminarRubén Darío
Quando o monarca D. João Terceiro
por desacatos que ele provocou
Camões fora da pátria colocou
mudando-lhe em desterro o cativeiro,
um escarninho riso sorrateiro
no rosto dos rivais se divisou
e toda a corte se regozijou
por ver-se livre, enfim, do desordeiro.
O mal foi quando o Poeta ao regressar
na mão trazia para lhes mostrar
o poema que nas Índias compusera:
"Agora atirai pedras" - lhes dissera -
"medíocres de engenho e de talento,
atirai pedras, montes de excremento"!
Eu atiro-te pedras, não para te denegrir mas sim para te libertar de todo o ódio que paira sobre ti. Solta-te, abre a janela e respira, sai à rua e sente os raios de Sol na tua pele, oferece flores à tua namorada e faz amor com ela! De certeza que não foram o ódio nem a raiva a fonte de inspiração do poeta que tanto veneras. Vive a vida homem!
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