quarta-feira, 19 de agosto de 2009

caos

caos
caos é a palavra
ascese no café - quantos copos?
o mundo perde-se em mim
automaticamente:
perco-me no mundo
ilusões emoções
libertação de peles: não é assim a Serpente?
Que Deus - que deus? - nos proteja - de quê?
força sobre-humana, tudo em mim sustento
excepto a mim
de mim não recatado
vasto campo de mente (não jogo palavras - demente)
ebriedade e sentimento
isto é um poema? que dilema!
Homessa, como diria JCN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
caos
caos é a palavra.

3 comentários:

  1. "Pour bien"


    Há quem veja na crítica uma ofensa,
    abominável por assim dizer,
    mas quem desta maneira julga ou pensa
    não tem razão nenhuma para o crer.

    Aliás, é conhecida a reacção
    de Salazar às críticas honestas:
    por mais legal que fosse a intenção,
    eram-lhe sempre odiosas e molestas.

    O mais provável que sucederia
    a quem dele dissesse algo de mal
    era candidatar-se ao Tarrafal.

    Porém, segundo a etimologia,
    sem ofender a crítica não passa
    dum juízo de valor… que até tem graça!

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  2. "Atirai pedras, medíocres!"
    Rubén Darío

    Quando o monarca D. João Terceiro
    por desacatos que ele provocou
    Camões fora da pátria colocou
    mudando-lhe em desterro o cativeiro,

    um escarninho riso sorrateiro
    no rosto dos rivais se divisou
    e toda a corte se regozijou
    por ver-se livre, enfim, do desordeiro.

    O mal foi quando o Poeta ao regressar
    na mão trazia para lhes mostrar
    o poema que nas Índias compusera:

    "Agora atirai pedras" - lhes dissera -
    "medíocres de engenho e de talento,
    atirai pedras, montes de excremento"!

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  3. Eu atiro-te pedras, não para te denegrir mas sim para te libertar de todo o ódio que paira sobre ti. Solta-te, abre a janela e respira, sai à rua e sente os raios de Sol na tua pele, oferece flores à tua namorada e faz amor com ela! De certeza que não foram o ódio nem a raiva a fonte de inspiração do poeta que tanto veneras. Vive a vida homem!

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