segunda-feira, 17 de agosto de 2009

anoitecer no Deserto

Quando a mágoa atinge a suavidade
o céu finalmente escurece
e a noite pousa em silêncio;
e é do lado de dentro do que assim se abisma
que irrompe um sopro fundo
que vem fundo abrir no peito a Rosa.

14 comentários:

  1. Assim tudo se abisme e renasça! Que essa Rosa saúde e coroe todos os seres!

    Habitar o Deserto torna-o Oásis.

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  2. Como é possível não entenderes, Mestre? Arrastas palavras de um lado para o outro como corpos mortos e julgas que o rasto deixado é algum caminho...

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  3. Quem pensa em caminho não vê por onde anda e nunca florirá um deserto.

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  4. "Quem pensa em caminho não vê por onde anda...": gostei!

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  5. invejosa in extremis17 de agosto de 2009 às 15:47

    Há gente assim. Desastrada. Tropeçando pela margem, enquanto observa almas privilegiadas que sabem por onde andam. Não deixa de ser uma honra este vidro por onde me movo e vou deixando as dedadas das minhas ventosas...

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  6. Tanta agressividade no ser humano. Quando nos libertaremos dela e como?

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  7. Escrever até partir o bico!

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  8. Querida Luiza,

    o regresso do deserto!
    Está cá tudo, mesmo tudo!
    O anoitecer do deserto é mesmo assim!

    Adorei*

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  9. É... Esta UNIDADE é de uma complexidade miraculosa... bem construída... feita com propósito, pensada ao mínimo detalhe...

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  10. Feito! Há já algum tempo.

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  11. Como é bom anoitecer onde o perfume é mais denso...!

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  12. "[...]
    Todos los rosales
    daban sus aromas,
    todos los amores
    amor entreabría"

    - Antonio Machado

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  13. Deuses!

    Os perfumes cantam versos de Antonio Machado...os perfumes embriagam, afinal, tanto ou mais do que o vinho...

    neste deserto anoitecido, em perfumes e poesia, caminho sem caminho, debaixo das estrelas, não procuro orientação, estou perante elas na mais profunda rendição!

    As rosas...as rosas...escondem a profunda melodia do/a (c)oração!

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  14. "No desdeñeis la palabra;
    el mundo es ruidoso y mudo,
    poetas, sólo Dios habla"

    - Antonio Machado

    Saúde, Isabel, neste deserto anoitecido, nesta noite tão sóbria e embriagada!

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