segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Confiamos, / en que no será verdad / nada de lo que pensamos"

- Antonio Machado

22 comentários:

  1. para ser marxismo/leninismo só falta a sintese 'el partido es la verdad'

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  2. Confiaremos! Para que a "verdade" não se torne a força prepotente do juízo e da sua simulação, para que a teoria não se sobreponha à ética e à poesia, que como sabia Celan vai na direcção do outro até ao outro mais desconhecido, para que o Amor, maior do que morte (como o disseram tantos em tão variadas línguas), seja também maior do que a Verdade. Porque um juízo transforma-se num enunciado, mas o Amor murcha nas palavras técnicas e renasce nas rosas que florescem no peito. O Amor está nas rosas que caem do manto mais interior de todos e é o milagre. Confiaremos que não serão senão rosas o que o Amor semeia no "deserto do real".

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  3. porque pensamos? porque sabemos que não é verdade.como disse nietzsche, porque carregamos? porque somos eternamente escravos,
    ou será que...

    'só temos escolha entre vidas medíocres e pensadores loucos. vidas demasiado sábias para um pensador, pensamentos demasiados loucos para um vivo: Kant e Hölderlin.'
    deleuze
    e já agora pensas que o be vai aceitar a entrada do ppa nas universidaes, esse é o viveiro do be. é evidente que o post não é dialectico, foi um jogo de palavras, o partido seria uma sintese.

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  4. "En mi soledad / he visto cosas muy claras, / que no son verdad" - Antonio Machado

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  5. isabel, será assim tão belo o amor, ou será o egoísmo de nos servirmos do outro, mesmo que o consideremos melhor, o amor como egoismo ao serviço do próprio, porque se assim não for é só dor. dificilmente duas pessoas caminharão juntas, a ausência é a solução.

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  6. Baal,

    o amor se for utilização ou tornar o outro escravo, ou meio não é Amor. Não sei se enquanto somos aquilo que somos, com as qualidades e defeitos que temos, não tenderemos a chamar amor ao que é tão só egoismo. Mas o Amor não é essa experiência que fazemos e todos mais ou menos conhecemos. Para essa experiência nem sei bem que nome dar-lhe. Com efeito, ela também comporta momentos de alegria e bondade. Da mesma maneira que momentos de crueldade. Hegel lembra-nos que as maiores experiências de crueldade ocorrem na família. Não é por acaso: esticamos demasiado a corda com tantos egoismos à mistura. Mas o Amor que considero relevante é aquele em que amamos de tudo, e não só dos outros, o que está ausente. Por já ter desaparecido, por ainda se poder manifestar. Descontextualizando cada coisa e ser do tempo, dando-lhe uma extensão que nos faça procurar tudo numa dimensão mais ampla do que o "aqui". Porque não vale a pena tentar prender o que é inexplicável, o que é encontro mas cujas razões nos escaparão sempre porque somos constitutivamente cegos em relação a nós e ao que tornamos próximo. Assim, que ao Amar tornemos próximo o que é distante e não que tornmemos distante o que está próximo. E ainda assim estar em consonância absoluta com aquilo ou aquele que está aí diante ou distante. Mas sempre os dois. Penso assim.

    Obrigada por perguntares...depois. Fora do tempo.

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  7. Gosto de vos escutar...

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  8. Não Falo, mas vejo! (U)i ... que susto!

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  9. Que te espanta? Que te assusta?

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  10. O espanto não é susto! É admiração pelo tamanho ... da tua declaração!

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  11. Oh... Não te faças desentendido ... não é de entendimento que falamos mas de extensão!

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  12. não és nada subtil! nem sabes falar com mulheres. ó, idiota O

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  13. À fala ou ao falo!? Tenho a certeza que são incomensuráveis! Muitos risos…

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  14. Caro O,
    és mesmo desajeitado com as palavras!
    Então não é que assim expões a minha cegueira...confesso para além de muda,(sem falo), sou igualmente cega...
    Ai! Ai! O amor é um fogo que arde e não se vê! Então para quê os olhos!?

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