água, não
agites a cauda
não te aproximes, deixa-me
chorar com água, os olhos
não são muralhas para
este rio.
Não te encostes a mim, não
dances, loba
negra de orelhas caídas e corpo
ondulante, como a mágoa
assola, em vagas, o rio
evasão, por entre
as íris de pedra, pupilas,
sombrias catedrais de cristal.
Minha escuridão, seda,
não chores comigo, granito,
negra de neve
cinzenta, os olhos
não são muralhas nem diques, quebram
com a verdade, água
antiga,
como a tua lágrima
de loba
invisível
em olhos d'oiro.
[Dedico este poema ao meu cão-lobo-fêmea]
"os olhos
ResponderEliminarnão são muralhas para
este rio."
Só por estas palavras (que não ouso adjectivar), fico gratificado.
Só por estes lupinos "olhos d'oiro" fico com os meus como "íris de pedra"...
Obrigada, Lapdrey. Os lobos têm olhos magníficos. Sou sócia do Grupo Lobo, já estive muito perto deles. Lamentavelmente, os que vivem na reserva nunca mais poderão ser libertados.
ResponderEliminarTrazer anjos no focinho...
ResponderEliminarQue lobo bonzinho!
Os lobos não são bons nem maus. São lobos. Esse espirro é uma alergia a anjos ou lobos?
ResponderEliminarGosto de anjos e de lobos. Tal como são. Tal como estão, juntinhos, defendendo-se um ao outro. Anjos com lobos na frontaria; lobos com anjos na frontaria e venha de lá quem vier...
ResponderEliminarFantástico...
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