terça-feira, 7 de abril de 2009

Pensamento poético e realidade



"[...] realidade é não só o que o pensamento pode captar ou definir, mas também isso, que permanece indefinível e imperceptível, isso que rodeia a consciência, destacando-a como ilha de luz no meio das trevas."





(El hombre y lo divino, Madrid, Ediciones siruele, 1991, p.79)

30 comentários:

  1. Qual a fonte da imagem?

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  2. Não será isto ainda a perspectiva da "ilha de luz", mais inconsciente e tenebrosa que as próprias "trevas"!?

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  3. Poderá ser, sim, Paulo. Isso o sabemos, ou apenas pensamos? ou sentimos? ou nem uma coisa nem outra.


    Um abraço no desfazer de tudo isso de que nos estranhamos .

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  4. Interrogo. Que é saber, pensar ou sentir?

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  5. Todo nos interrogamos sobre isso.
    Para Zambrina, que é quem nos ocupa agora, a síntese era uma possibilidade de por intemédio da linguagem (o maior mito, como imagem, instrumento de conhecimento pessoal (para ela, claro)... o centro germinal do ser só projectando-se pode existir (para Zambrina, claro)...
    O vitalismo da linguagem e simultaneamente a fluidicação da matéria da mesma linguagem. Isso seria o ponto, a luz...
    A velha questão entre nós(?) da fenomenologia do divino.

    Conheço pouco Maria Zambrina. O que conheço não estranho.

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  6. ...a fonte da imagem é a imaginação?

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  7. imagem retirada de onde? flick? google?

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  8. Caro Anónimo,

    A imagem é retirado do google, mas não aparece a referência ao seu autor. Pode dizer-se que é de autor desconhecido para mim.
    É muito bela, eu acho.Se alguém souber de quem é...

    Um sorriso e um abraço

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  9. Trevas é a ignorância que me tapa os olhos, cobrindo-os com véus que obscurecem a visão da ilha, sendo esta ainda ainda mais escura que as próprias trevas, uma vez que Nela não existe nada que a mão agarre, nem sequer uma pequena ideia que a de-fina.
    Temo, não as trevas nas quais me encontro mas sim a treva que de que é feita essa ilha, na qual os portões do infinito se abrem para o vazio da eternidade, a árvore que nela se encontra liga a terra ao céu e o solo constitui um porto de abrigo àqueles que anunciaram o advento do Espírito Santo.
    Tal como o Holandês Voador, sou feito de trevas e eternamente navegarei neste oceano escuro e denso até um dia o amor iluminar o caminho para a ilha, não a ilha da luz mas sim a ilha das trevas, onde Senta me espera para consumarmos o nosso amor.

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  10. Para me redimir do imperdoável engano no nome da escritora e filósofa,no meu comentário, aqui vão alguns dados retirados de uma página da Assírio & Alvim:

    María Zambrano

    María Zambrano nasceu em Vélez-Málaga, em Abril de 1904. Além de ter contactado com as grandes figuras do seu país, desde Ortega y Gasset a Antonio Machado, esteve na primeira linha dos acontecimentos importantes do seu país. Tomou partido e envolveu-se social, política e culturalmente. Foi radical e coerente nas suas convicções. Viajou durante quase toda a vida, juntando ao saber literário e escolar a enorme vivência social e de viajante incansável.
    Em Zambrano é muito nítida a distinção entre a sua opção política de republicana, lutadora, que a levará a regressar ao seu país no momento mais agudo de crise, e a sua opção estética ferozmente individual e descomprometida de qualquer veleidade jadnovista.
    Zambrano regressou já em idade avançada a Espanha, depois de anos de exílio. Cresceu, então, o enorme reconhecimento pela sua obra...

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  11. Saudades, gostei mt da imagem e mensagem, complementam-se.

    Eu creio que a existência é poesia, um fluir cuja origem vem do Cosmos, já que pó de estrelas somos.

    É uma intuição sussurrada pelo transcendente que se vai desvelando, em fragmentos, pois é des-aparição de si mesmo!

    A "magia" do existir consiste precisamente no mistério do estno, karma, o nosso trajecto irigido pelo infinito, inefável, indizível,o que queiramos designar.

    O importante é sermos um "limbo" bem reestruturado/rrequilibrado/realinhado energeticamente no nosso soham.

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  12. (rectifico "estno" = destino/"irigido" = dirigido)

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  13. ... é mais um mito, esse do Holandês Voador...

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  14. Holandês Voador desfeito7 de abril de 2009 às 16:13

    o mito que faz-se, desfazendo-se...

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  15. Holandês, se Senta te espera, pode esperar Sentado... ih, ih, ih

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  16. o amor nunca se consuma, apenas sempre consome

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  17. e nem sempre se consome o quanto se quer

    anónimo2

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  18. Holandês vodador,

    ...falas de Senta Berger?

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  19. não podemos confiar
    naquilo que a mente sente
    porque por sorte ou azar
    a mente por vezes mente

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  20. (Ai, ai, o que faz a Primavera! ou a ideia de Primavera?)

    Pensamento poético, amigos, realidade... ilha de luz...

    metáfora do coração e metáfora do cérebro. A do coração é exaltação, Fogo, ardor, sim, embriaguês e sede; também comunhão e transformação.

    O logos espacial seria, na opinião da escritora, palavra e o logos temporal, número...

    Que falem os filósofos do que dizem os poetas. E deixem lá a "Senta" em paz...

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  21. Amigo Platero,

    Essa é muito verdadeira...sabedoria p'ra pular.


    Um abraço, Platerito e Saúde!

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  22. Olhando para a imagem, Saudades, a árvore evocou-me uma fotografia do Primavera.

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  23. Fragmentus, não queres reequilibrar energeticamente este blog? Pode ser que acabe.

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  24. Não querendo encerrar estas ideias que por aqui se revelam. Apenas uma coisa se me afigura real: nas trevas reside a mais luminosa das claridades, sendo que a proposição inversa também resulta verdadeira.


    Um abraço a todos.

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  25. hehehe eu?!...

    chamem o Lapdrey, ele é que é o espacialista de reiki!!! :)

    namastê, amigo

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  26. rectifico para "especialista" mas tb pode ser espacialista pk é energia que se propaga no espaço, certo? :)

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  27. tem toda a razão, Saudades, o ferrão do lacrau lá nos provocou em discussão acesa ;)

    bj, amiga

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  28. "Ana" Fragmentus,

    Não penso que tenha sido uma discussão muito proveitosa. Contudo, assinalo como positiva a minha vontade de conhecer melhor a obra de Maria Zambrano. Se assim for para alguns de nós...valeu!


    Um abraço e um sorriso si e para todos.

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