"Tudo é infinito, só o Infinito existe, só existe Deus, nada se pode pois determinar, possuindo pois tudo uma natureza imprecisa que se escapa de nós quando a procuramos agarrar pela razão determinadora, e deste modo se tudo é metafisicamente ou teometafisicamente impreciso, incerto, é que tudo tem a Vertigem por essência. A Vertigem é com efeito a suprema imprecisão anti-racional ou antes, ultra-racional, das cousas mergulhadas no infinito de Deus. E é por mergulharem no infinito de Deus que as cousas são imprecisas, incertas, vertígicas. Logo a Vertigem é sagrada, é divina. O Infinito é o Indefinido Absoluto, é a própria Vertigem que é assim Deus!"
- Raul Leal (Henoch), Sodoma Divinizada. Leves reflexões teometafísicas sobre um artigo, in Sodoma Divinizada, organização, introdução e croologia de Aníbal Fernandes, Lisboa, Hiena Editora, 1989, p.75.
Em homenagem a este imenso desconhecido do pensamento português, amigo próximo de Fernando Pessoa, que o defendeu perante o moralismo da "canalha", desigando-o como "alto génio especulativo e metafísico, lustre, que será, da nossa grande raça" - Ibid., p.125.
O vertiginoso Raul Leal, Paulo, só este autor a estas horas da noite depois de 14 horas de escola para me arrancar um sorriso declarado! O demencial...e o resto...profeta, claro! Como a literatura é vertigem libertadora do tempo, do espaço...viva o maior filósofo português!
ResponderEliminarViva! E abaixo a escola!
ResponderEliminarMuitos risos! Abaixo a escola, claro...na imensa vertigem de se ser tudo!
ResponderEliminarabaixo os PinK Floyd
ResponderEliminarabaixo os 'Corpo Diplomático'
ResponderEliminarAbaixo acima! Acima abaixo!
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