segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O que será?

Numa loja de roupa em saldos experimentei um casaco em cujos bolsos pus as mãos. Num dos bolsos estavam uns documentos: um cartão de farmácia, um cartão de crédito e um papel saído duma caixa multibanco que dizia: "Captura de cartão. Por segurança retemos o cartão. Consulte o seu banco".

O que terá sido feito?

Hipóteses para ir a votos na caixa de comentários:

a) A portadora do cartão pôs, por distracção, no bolso do casaco ao experimentá-lo os papéis que trazia na mão, que ia ali num instante à rua levantar dinheiro e/ou comprar qualquer coisa à farmácia, sendo que o papel que informava acerca de cartão retido dizia respeito a outro cartão que não aquele pois se aquele não estava retido. Ou então era aquele que esteve retido e já não estava porque a senhora consultou o banco para recuperá-lo.

b) Alguém encontrou perdidos aqueles cartões e resolveu pô-los num bolso de casaco à venda para, além de outras coisas, causar surpresa a quem lá metesse a mão.

c) Alguém roubou ou encontrou os cartões e tentou utilizar o cartão de crédito mas não resultou. Então, para se livrar de provas de uso de cartão doutrem, pô-lo, porque não?, num bolso de casaco sem dono.

d) Alguém da loja resolveu fazer um estudo de comportamentos com câmaras a filmar pondo dentro dum bolso um cartão já não funcional de modo a observar as reacções das pessoas se o encontrassem.

e) Outras que me escapam.

Claro que fiquei com os cartões.

Que deverei fazer doravante?

1) Ir a uma máquina multibanco e inserir o cartão que provavelmente ficará retido enquanto me filmam e consequentemente me identificam como roubadora ou apropriadora do cartão que não tem o meu nome e, para evitar que isso não aconteça, ir disfarçada, nada de espalhafatoso para não dar nas vistas.

2) Fazer, tentar fazer uma compra - como não é preciso marcar código de cartão - e, no caso de ausência de crédito, dizer "Ah, espere lá, pago com dinheiro".

3) Mandar uma carta para a morada que consta do cartão da farmácia - a única morada que consta dos papéis -, carta contendo o cartão e referindo eventuais outras coisas mais que talvez não interessem nem à ex-proprietária do cartão; carta que serviria para fazer circular o cartão tipo message in a bottle e criar um apartado meu para me responderem.

4) Deixar o cartão noutro bolso, agora dumas calças por vender, e desconhecer o destino do cartão; pensar que talvez seja este o propósito de quem o pôs no outro bolso e quem sabe se noutros bolsos à venda antes já esteve.

Espero vossas respostas, obrigada.

10 comentários:

  1. (Detective "Saudades")

    Cara Rita,em primeiro lugar saúdo a seu raciocínio expeculativo e o seu humor.

    Cá vai:
    Assinlo uma discrepância na alínea e) Era um cartão e outros documentos, e não "os cartões" que a Rita decide subtrair ou aceitar que tivessem ido parar a suas mãos.

    Agora, eu diria que alguém distraído como eu os teria deixado no bolso. Mas, se fosse eu, teriam ficado ainda: pastilhas elásticas, um elástico para prender o cabelo (sem cabelos, que eu também não sou maluca...ADN e tal...); um corta-unhas... no outro bolso, teriam ficado ainda, se coubessem, os óculos, o telemóvel...

    Não. Escolho que tendo eu ficado com as minhas coisas e o cartão se ter perdido, porque o tinha eu...

    De nada aproveitou a situação...

    Um abraço. Gostei imenso deste "espevitamentes".

    Estava capaz de tentar outra vez a sorte... Vou aos saldos e depois digo-te...

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  2. Caros bimbos,

    eXpeculativo é o quê?

    1) uma maneira subversiva de se escrever eSpeculativo, porque assim soa mais filosófico.

    2) um mero erro ortográfico.

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  3. ...É muito mais...filossóficoexpecular...Foi mesmo só um engano... lapsosgrata...

    P.S. Já tinha dito que era distraída, agora também erro muito...são fases...
    Diria que, se não me levar a mal, a menina é "rija!"

    Um abraço, VenusinFurs

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  4. opá, amei. é super ser-se rijo, não consideras?

    estou mais descansada. antes erros ortográficos que pretensões filosóficas, mil vezes!

    um abraço e uma beijoca.

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  5. Vénus...

    "opá" um abraço chegava...
    "não consideras"? "curto bués" falar assim, "topas"?

    De facto, deixe-me dizer-lhe que não gosto nada desse tipo de linguagem, mesmo sendo máscara construída ou inclinação pessoal, ou gosto, aflige-me um pouco. Também me aflige (até por defeito de profissão a má ortografia, mas... "no melhor pano cai a nódoa"... Devo dizer isto para ser honesta comigo e me sentir melhor...

    Fazemos assim: eu evito enganar-me ou errar e a menina procura libertar-se dessa linguagem "bué curtida" pelo menos quando fala comigo. Agradeço.

    Assim fica melhor.

    Um abraço.

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  6. Ai, Rita, isso é pior que a Integral de Riemann!!

    Espere aí, que eu vou chamar a Judite, uma amiga que já não vejo há muito tempo...

    Talvez ela possa ajudá-la a deslindar esse lama, perdão, esse lema, perdão, esse dilema...

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  7. Ah, outra sugestão para o mentor deste blogue: Criar-se uma agência de detectives, para resolver charadas , destas e quejandas.
    Até me ocorreu um nome e tudo (vejam o que acham!):

    Esteves & Borges - Agência de Charadas, Cachimbadas e Blogadas, Sociedade de Anónimos, Lda.

    Esteves, obviamente em homenagem ao da Tabacaria do Pessoa, e não só...

    Borges, claro, para dar mais que fazer ao mentor deste inenarrável blogue...

    P.S. isto, entretanto, também podia servir para decifrar a língua " bué de bueza" de certa venusiana vez e meia desconchavada.

    P.S.
    Para a venusiana.
    Menina, se me levar a sério, ver-me-ei obrigado a levá-la a brincar!

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  8. Eu amo loucamente, por isso lamento. Lamento bués, a sério, porque és muito fofa.

    Devias experimentar, não consideras? Libertar-te um pouco aí do que te aflige. Essa linguagem aflige-te porque é diferente de ti. Por que razão a consideras diferente? Ou até mesmo inferior? Não faz qualquer sentido, meu doce. Se é linguagem, é linguagem. Se não a utilizas com gosto, outros o farão. De maneiras que, meu docinho, eu dirigi-me a ti desta forma, porque curto, topas? Se o consideraste ofensivo, considerarás então ofensivo tudo aquilo que não és tu. Mas já agora, tu o que és? Ou quem és? Assim já curtes mais? Um bocadinho de especulação filosófica inútil?

    E termino aqui com uma citação:

    "QUE FIQUE ESCRITO QUE TENHO UM PÓ DO PIORIO AO PESSOAL QUE NÃO CURTE "CURTIR" E QUE NÃO LEVA NA BOA "LEVAR NA BOA"

    ah, nao mentira, ainda nao terminei. queria aqui dizer que curto bue falar com voces, fazem-me rir loucamente. mas por falta de tempo agora fico-me por aqui. voces sao UMA DELICIA.

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  9. Ó menina, você é sempre assim tão mal dispostinha? Olhe, veja se aprende alguma coisinha com esses dois rapazinhos que a acompanham... tão jeitosinhos que eles são, ai queridinha que até eu os virava para outro lado...

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  10. os gays têm direito a sê-lo. não creio que os virasses amiga, a menos que tenhas um pénis, ou que sejas uma gaja muita boua, que as vezes os gays também dão para aí.

    eu não sou mal disposta, lamento. sou um doce.

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