domingo, 28 de dezembro de 2008

Resposta a Cioran

A que se reduz a falta de auto-estima senão à narcísica incapacidade de se aceitar plenamente como humano e viver-se como tal, condição fundamental para então partir em direcção a uma verdadeira transcendência e não a escravidões espirituais que se fazem passar como tal?

5 comentários:

  1. Parece que considera óbvio o que é ser-se humano... Explique então o que é ser humano, por favor.

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  2. Ana Margarida,

    Bom contributo ao debate.
    Importa entretanto, parece-me, destrinçarmos desde já, clara e distintamente (como diria Monsieur Des Cartes), entre "ter-se auto-estima", "ter-se em grande estima" e "estimar-se grande".
    E, por outro lado, atacar igualmente periferias de sentido tais como "amor próprio" (nos sentidos lato, restrito e próprio) e "jactância".
    Ponderemos então.

    Até porque está em "irritante" moda isso de considerar-se a auto-estima condição sine qua non para o ser-se "pessoa de sucesso": coisa que, em sentido próprio, quer apenas dizer pessoa a quem acontecem coisas que a tornam um acontecimento.
    É um bocado "pescadinha de rabo na boca" demais para o meu gosto.
    Não chega à pegada de uns belos paradoxo ou trocadilho...

    Vamos lá puxar pela massa...

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  3. Não consigo olhar para uma coisa que não vejo.

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  4. Caro Garcia,
    Se é preciso ter olhos para as coisas, mais preciso é ter um olhar único para cada uma.

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