domingo, 28 de dezembro de 2008

fernando pessoa e o burrinho de belém...


"não haver deus é um deus também"

Um abraço, Paulo, e um grande ano para todos são os votos daqui de Benguela

10 comentários:

  1. o burrinho voltava para casa depois de cumprir o papel na manjedoura e o fernando pessoa, achando-o triste, fez esse verso...

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  2. :)
    pensei q fosse um burrito carregando o fardo da ignorancia mas a virtude da paciencia

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  3. Tomando a primeira parcela da frase ("não haver deus") como uma manifestação de ateísmo, seja do modo mais rudimentar e tosco, ou já da maneira subtilíssima e sublime como Mestre Eckhart disso foi acusado (Paulo Borges de tal poderá falar muitíssimo melhor do que eu), poderemos dizer, sim, quanto a mim, que disso se fará, ou um ídolo às avessas(como o fizeram os materialistas, sobretudo marxistas), ou avesso da idolatria: a constatação, essa profundíssima, de que não "há" Deus, porque Deus não é "coisa" que "caiba" no haver, que é coisa que pertence em esclusivo às coisas.

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  4. Quais são os sabores e os aromas do natal Africano?

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  5. Ana Margarida,
    Com essa do "petisca e lambisca" de Natal africano confesso que me "desnorteei" um tanto: será que eu me enganei na conversa?
    Vou meditar um pouco e embasbacar assolapado com Yves Leloup (ele, claro, não tem culpa alguma... antes pelo contrário, não se ensolapa facilmente, e ainda bem.)

    Não querem lá ver que estou no post errado: Por favor, este não é o post "Fernando burrinho e a pessoa de belém"...!??

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  6. Soantes, bem-haja pelos votos deixados e receba os que lhe reenvio: de bem, de belo e do que mais couber na sua alma.
    Muito e irrevelável, seguramente.

    Obrigada, sempre, pelo que de belo, breve e intenso por aqui compartilha.

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  7. Duas miudezas matinais:

    1. Onde, no meu anterior comentário se lê "ensolapar", que é coisinha que em português não existe, quis obviamente escrever-se "assolapar".

    2.Um certo Fernando que me não leve a mal, nem certo burrinho, e muito menos o amigo Soantes, pela travessura de tais trocadilhos atrevidos.

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  8. Será o burro do profeta Barlaão, que vê o anjo? Será o nosso auto-retrato?

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  9. "Medo do segredo contido na mínima coisa, medo que todas as coisas indiferentes que nos circundam se animem por um instante e nos segredem palavras inesquecíveis, perigosas e fatais, que nos confiem os seus segredos que não desejamos e testemunhos que não esperamos; medo de que as coisas mudas nos confiem uma missão perigosa, irrealizável e esmagadora, que façam de nós o seu intérprete, o seu porta-palavra... Medo das coisas que se calam, de sua misteriosa proximidade, de sua solene eternidade, ou medo de que a sua imobilidade não seja senão uma ilusão, e que elas queiram um dia dizer-nos "tudo", absolutamente tudo, e desejo ardente de que tudo seja indizível"

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  10. Abraço, Francisco, Grande Ano para lá de o haver!

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