terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Inefável


inefável

sopro d'algodão

que voa

sempre

mais além

de mim própria



toque de nuvem

aspiração de céu

abismo de mar



teima na dicotomia

quando tudo é uno

vasto

horizontal

holístico



inefável

este amar

que me faz ser

e em ti me perder

para depois me reencontrar...

13 comentários:

  1. É bonito. Apenas aconselho não misturar conceitos sofisticados, como "holístico", com uma linguagem mais despojada e imagens mais simples...

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  2. que leveza... este poema faz-nos voar ao Inefável.

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  3. (n)a leveza de um sopro de algodão?!...

    grata!:)

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  4. Ena! Isto é que está um blog, minha gente!
    Até temos um crítico literário! Para quando o suplemento "O ComPrazer do con-Texto" ou "O Nome da (Tia)Rosa"?
    Bom, se bem que eu, em parte, "subscreva" a razão aduzida pelo nosso crítico, compreendo bem a da autora.
    A consonância rimante da primeira sílaba de ambas as palavras e a inevitavel assonância imperfeita da segunda vogal suscitou, porventura, a escolha.
    Isto, é evidente, para lá do próprio fluxo subliminar de sentidos que ali subjazem e afloram.
    Mas não vou aqui viviseccionar a beleza indiscutível do poema.
    Como quer que seja, sr. crítico de serviço (e nada contra, da minha parte!), quanto a palavras "proibidas" em poesia, creio que desde Joyce e Pound ficámos infectados, vacinados e curados de tais peias e "tabus", não lhe parece?
    Aliás, em português, para lá dos mais chegados a nós, temos o caso brilhantissimo de Cassiano Ricardo no Brasil, para apenas referir um vulto de dimensão e valia consensual...

    Um inefável abraço natalino à artista e outro, este mais "holístico" e "holónico", ao viviseccionista.

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  5. abraço-te no meu inefável, Lapdrey

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  6. Obrigado, Anónimo!
    Pena que, inefável, o abraço seja in-sensível...
    Um afável inefável:"Até!"

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  7. inefável, para já
    tangível, brevemente

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  8. Ok, anónimo, "fique lá com a bicicleta"...
    Agora não me apetece andar...

    Fica, entretanto, a pergunta: Pensa sempre assim, "aos solucinhos"?
    A sua média são umas corajosas (ah, valente!) seis palavrinhas por comentário.
    É obra!
    Não se cansa, nem nada?
    Cuidado com esse coração, ouviu?
    Quem o avisa... Lapdrey é...

    (Até aos próximos capítulos...)

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  9. o "meu" inefável (entenda-se, poema) já dá direito a bicicleta?

    é por ser Natal caro Laprey? rs

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  10. e o teu coração Lapdrey preocupas-te com ele?

    não me canso com a média de seis palavras, não!

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  11. grata pelo elogio ao poema :), tinha-me esquecido há pouco de o referenciar

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  12. O meu coração, angelicoso diabrete anónimo, tem quem dele se preocupe.
    O de carninha tem um dono, o das entranhas da alma tem outro. É prático.
    Isso liberta-me para outras coisinhas relativamente sem importância, tais como falar com certo anónimo, por exemplo, entre outras coisas de um pouco mais perdurância na memória.

    Ok, em relação à média da meia dúzia: quem sabe se não passo a chamar a certa virtual entidade "Anónima Meia Dúzia" ou , sei lá, "Semi-Doze"...
    Dou a escolher!
    Se bem que esta converseta não tenha interesse algum...
    É pura palha blóguica!

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