segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal

Desnudas-te em fogo e nasces Deusa no berço das minhas mãos. Ajoelho-me ouro, mirra e incenso. É Natal.

18 comentários:

  1. Muito bonito!Dourado e sedutor. Eleva à Contemplação

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  2. Maravilhoso!

    Este, sim! É Natal e Quinto Império.

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  3. Poeta!!
    ..."ajoelho-me (em) ouro, mirra e incenso"...

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  4. É com grande e intenso júbilo que te recebo... Feliz Natal, Casto Severo.

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  5. se ajoelhou tem de rezar - gabriel o pensador

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  6. Bom Anónimo, o ajoelhar não tem que ver directamente com o ajoelhar, meu caro, coisa que é sobretudo ocidental e mais sobretudo catolico-romanamente cristã.
    A maioria dos povos, ou ora de pé, ou prostrado. Coisas bem diferentes.
    O ajoelhar é coisa que decorre antes da honra, preito, obediência ou vassalagem que a algo ou alguém se preste ou queira vir a prestar.
    Não confundamos, porém, o calo no joelho com o ardor no coração: assim também não confundiremos certas práticas, que apenas comprometem quem as queira manter, com o uso que se dê à prática de amiúde ser nobre no sentir, pensar, falar e agir, e jamais ser submisso a algo que não a nossa própria honra de ser.
    Tal como alguém escreveu: importa-nos sempre estar "de pé, sobre os joelhos".

    De novo: ..."ajoelho-me (em) ouro, mirra e incenso"...

    Perante o Sem Nome, mas não anónimo, estou de pé, ainda que prostrado, tal como me prostro perante uma flor, que a Esse mesmo glorifica... no simples ser, de estar sendo... ela mesma, natal de si...

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  7. maravilhoso, Laprey, arrependi-me da brincadeira com este excerto:

    "Perante o Sem Nome, mas não anónimo, estou de pé, ainda que prostrado, tal como me prostro perante uma flor, que a Esse mesmo glorifica... no simples ser, de estar sendo... ela mesma, natal de si..."

    (só fiquei na dúvida do "estar sendo,...ela mesma, natal de si...")

    que o Bem o proteja sempre em Sabedoria e Amor!

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  8. Não, Dr, o que cura não carece de cura.
    Besides, we feelgood, Dock!

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  9. Caro Anónimo, necessidade alguma de “arrependimento”, aqui. Ao menos de tal jaez.
    Baste-nos o “arrepio”, para o arrepiarmos caminho…
    Por vezes, até o excesso e a brincadeira leva as coisas a um limite que lhes estilhaça a casca com que as atamancamos habitualmente da "patine" de inutilidade.
    Sendo o caso, aqui faço o mea culpa.

    Quanto à sua perplexidade em relação à flor "estar sendo, ...ela mesma, natal de si...", direi talvez o seguinte.

    O "estar-sendo" do ser da flor “passeia-a” no tempo, qual seu perdurar no a-parecer do que nela jamais se mostra ou mostrará: propriamente, o Ser, o insondável de si.
    No fio do tempo por que ela passa, repassa-a o incessante "fractal" de mutação vital a que ela está intrinsecamente sujeita, no contexto do Todo do "organismo" da Vida.
    Na contemplação da natureza, como ela se nos dá, espelha-se em nós algo de nós mesmos, enquanto dadores de sentido às próprias coisas.
    Assim, a flor, enquanto tal, isto é, enquanto imagem sensível de algo que nós identificamos coma palavra flor, “nasce” em mim a partir do sentido que eu lhe dou, sentido esse que lhe é conferido a partir do que ela me mostra e de como se me mostra.
    No seu processo de existência vital nas sucessivas fases do germinar, brotar, crescer, florir, dar fruto, definhar e fenecer, a flor em todas elas está no seu intacto "tal-qual-ismo" pleno: está tal qual é.
    Nisto é que dela é dito que nem Salomão se vestiu como qualquer uma delas, visto que o sábio rei se revestiu de algo que lhe era extrínseco, ao passo que a flor está nua de tudo, revestida apenas de si.
    Ela não tem interioridade como nós. Ela é apenas o que se mostra e como se mostra, o que apresenta e como se apresenta, como se mostra e apresenta: o que poderá ser aqui ou ali "deficitário" é tão-só a nossa balança de "cognição", que sempre pende entre saber e ignorar, saber no ignorar, ignorar no mesmo saber, e as mais variantes desse "jogo" de reciprocidade.
    A flor,essa, não se esconde, não se oculta: ela revela, se bem que, como tudo na natureza, nisso mesmo se re-vela.

    (Talvez “filosofada” a mais, e elucidação a menos… Que lhe parece?)

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  10. Parece muito bem, mas a flor parece melhor.

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  11. caro Lapdrey tem 1 visão dicotómica da realidade, você não vale mais que a flor, só porque pensa!

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  12. Sabe, caro Anónimo (vale para todos eles, menos para um), eu adoro ser dicotómico, e unitómico também.

    Tem dias... (e noites também...)

    Para tricotómico (não tem nada a ver com tricot, ok?) estou a treinar afanosamente: isto, se aqui a "sociedade anónima" me der uma bela ajuda... como é costume.)

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  13. Não se percam em discussões fúteis. Sigam a pista: as três gotas de sangue sobre a neve alva e pura, a poesia que em chamas crepita no coração do gelo, a vida que vem no galope da morte.

    Não esqueçam: as três gotas de sangue na mais pura e alva neve!...

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  14. Cara Miledh,

    Seja a neve de que cor for, sempre o sangue será da mesma tintura: humana.

    Seja a alvura a da neve ou da alma, sempre o sangue será da mesma tintura: desumana.

    Seja três as gotas, ou mais ou menos do que tantas, sempre o sangue será da mesma tintura: inumana.

    Seja quem tal vê tinto ou alvo na alma, no tom alvorado da alba ou no tinturado esbranquecer do lusco-fusco, sempre a tintura será pista para o que não deixa rasto algum.

    Sigamos, pois, os indícios do trilho, mas não deixemos que eles nos detenham nem prendam.

    “Discutir”, cara Miledh, é apenas não adormecer no caminho, para se poder detectar as três gotas.

    (Demais, tudo é poético, mas nem tudo é poesia!)

    Obrigado.

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  15. Tudo é poesia, em espírito pacificado!

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  16. não responde Lapdrey?
    2-1
    anonimo-Lapdrey

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