RIR, ROER
E se fôssemos rir,
Rir de tudo, tanto,
Que à força de rir
Nos tornássemos pranto,
Pranto colector
Do que em nós sobeja?
No riso, na dor,
Que o homem se veja.
Se veja disforme,
Se disforme for.
Um horror enorme?
Há outro maior...
E se não houver,
O horror é nosso.
Põe o dente a roer,
Leva o dente ao osso!
Alexandre O'Neill
É isto que nos traz 2009: riso e roer?
ResponderEliminarwouf!
ResponderEliminarDestaco (e obrigado, Sereia*):
ResponderEliminar"No riso, na dor,
Que o homem se veja."
Notemos como, em certas pessoas, o riso tem a expressão dum choro, e compreendamos que a pantomima é a arte de exceder o silêncio com a coreografia do mesmo silêncio levado à cena no palco do corpo.
Amigo Lapdrey, essa vou roubá-la mesmo!! Indecentemente! :)
ResponderEliminarPara mim, acabaste por tão bem descrever a imobilidade. Perfeito. Per-fei-to!
Afinal não sou só eu, dedicado "às altas horas da noite" :)
Ó Falta de sono!!! Quer dizer, não é bem falta de sono, é tão simplesmente, horário de padeiro!
Um abração Lapdrey!
Sereia*...
"Lá fora, Ah... lá fora rir de tudo, no riso admirável de quem sabe e gosta, ter lavados e muitos, dentes brancos à mostra! ...É bonito não é?" Palavras roubadas a Cesariny.
*Até as taínhas riem :))
Um Beijo com barbatanas!
Muito bem,Vergilio!
ResponderEliminarEstou a olhar para o lado, para o meu amigo "padeiro" fazer a "indecência" desse furto qualificado: a mútua admiração!
E esta, hein?
Quanto à falta de sono: não é falta dele - é apenas não necessidade dele.
Isso me vem de certa prática de "sono consciente" (com esta, gargalhada geral, ali na falange dos anónimos!), que me permite tornar constante o fluxo de consciência (com uma outra forma de estar consciente, é óbvio!).
De modo que a mim bastam-me em média 3 ou 4 horinhas de estado Theta por noite, e fico fino.
Dirão os nossos numerosos anónimos: "frescuras e finuras de lusoparvo!"
Assim poupo-lhes a canseira dos dedos e dos neurónios (ou terão eles "neuróticos" em vez de "neurónios"?)
Abraço, Vergilio, e não te estafes muito em revéillons (acredito que nem pó!), pois o tempo, para além de ser "coisa" de haver muito duvidoso, se for porventura alguma coisa, não deve ter lá isso de passagens de ano nem entradas com o pé direito: o que a gente inventa, para pretexto duns copos e dumas pançadas!!...
Seja lá como for, é melhor que seja bom, do que mau; ou é o contrário? Agora fiquei eu em dúvida!
Ups!(deve ser alguma influência subliminar anónima!)
Mas trata-se já da coisa:
"Chama-se Monsieur Descartes e Herr Professor Husserl à passerelle, perdão, à 'Passagem do Anel', (será o terceiro anel do Tolkien?) para tirarem aqui umas dúvidas: metódica(mente) ou pondo isto tudo entre uns 'gradessíssimos' parênteses...!!"
(Para o "Anonimato", uma espécie de "campesinato" dos blogues, acho que terá de ser parêntese recto ou chaveta... São uns finórios!)
Bem, agora vou-me embora, que tenho de à Casa do Povo aqui da terra (vulgo, residência oficial do super Primeiro homem Ministro José Platão (será isto? acho que não, mas não me lembro: deve ser aquilo do sono consciente a gripar os meus fusiónios...)- vou lá pedir um cabaz de Natal, atrasado, mas não tem mal: o petisco principal é 'Tentáculos de polvo à PS', isto é, 'à Paio Soares'; em alternativa "Carne de porco à MAE", ou seja, 'à Mãenel Alegre ex-voto').
O que mais tenha o cabaz de capaz, depois vos direi: depois de o polvo esmifrar os 'tutaninhos' até à ossada... Comme il faut...)
Saravah!
Vim agradecer o poema "Do Alexandre", vim desejar-te ano pleno e agradecer a suave companhia das tuas ondas com que nos banhas com serenidade pura. Venho dizer-te, pois, que gosto de rir, ainda que sinta mais as lágrimas como rio meu, mas que sorrisos, quer chore ou ria, mandar-tos-ei, sempre.
ResponderEliminarObrigada, Isabel.
ResponderEliminarVou receber sempre os sorrisos que me mandares. Mesmo quando for eu a chorar*