segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Instantes....

Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
Na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
Na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
Subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha,
Teria problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu a vida sensata e produtivamente cada minuto da sua vida ;
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termómetro,
Uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas ;
Se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da Primavera,
E continuaria assim até o fim do Outono.
Daria mais voltas na minha rua,
Contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
Se tivesse outra vez uma vida pela frente...
Mas , já viram, tenho 85 anos e sei que estou a morrer.

(Autor desconhecido)

7 comentários:

  1. Então porque perdes o "agora" pensando em tudo isso!? Vive o "agora", não morras com remorsos do passado e verás que não morres.

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  2. eu sei:)


    este poema serve sobretudo para me confirmar que a vida faz-se no agora, vive-se neste instante. Mais tarde recordaremos então o que fizemos não aquilo que bla bla bla não fizemos, não dissemos, não arriscamos por aí.

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  3. Há por aqui comentários que - não se desse o caso de serem feitos por humanos, de gargúlea veste embora - mais soam, na verdade, a simples bla bla bla...

    N.B.
    Amigo, será que não aprendeu ainda (ou será que já não aprende?) que sempre é preferível não se dizer ou escrever algo que contenha em si o argumento que logo nos contradiga?
    Se também o Gárgula pensa em tudo isso, porque também assim perde o "agora"?
    Quer porventura perdê-lo?

    (A segunda frase foi um pouco mais bem conseguida! Se bem que seja o seu quê tautológica...)

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  4. esta da lógica "ser,é" antes da alma,só na serpenteemplumada.

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  5. Lapdrey, que bla, bla, bla maior que o teu? Que vida és para além das palavras que esgrimes? Que destino cumpres ou trais? Que deus ou demónio ou sua transcendência serves?

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  6. Nessa idade e certamente já parado, ainda ensina o que muitos surdos nunca ouvem.

    Fazer o que se pode é isso: falar e agir sem ser necessário marretas.

    Mas pensar às vezes pesa embora não pese nada.

    Belo texto, muito belo texto!

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  7. Parece que o Gárgula hoje veio acompanhado de Frollo, será?
    Ainda bem que não trouxe nem a bem-aventurada, Notre Dame, nem o desventurado corcunda.
    Assim, fica tudo talvez mais em família...(no offense! just in the movie, as in the novel)

    Quanto à vida, fique sabendo: não trocava a minha por uma de gárgula, mas talvez a trocasse pela dum gargalo.
    Tem voz mais agradável de se ouvir (está sobretudo calado) e, além disso, tudo vai assim mais depressa pelo cano.

    As palavras não são vida, meu amigo: apenas podem avivar o viver. Quando o façam.

    Não é possível "trair" o destino, caro Gárgula. "Ça va de soi, non?"
    Isso, apenas se faz a um desígnio ou um propósito... E, por esses, não me pergunte, porque para aqui não são chamados.

    Quanto a deus e demónio (que os chamou): vou talvez consultar o Régio.
    Depois digo-lhe, Gárgula, em que ficou a coisa...

    Um bom ano para si, meu amigo: muita água pela boca e... eventualmente, pela barba...

    Abraço (quand même... ou surtout pour cause...)

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