A noite enrola os cabelos
Sob os dedos do sol.
O pasto dos anos ressequiu
A gota de luz que nos guiava.
Lembro-me dela:
Uma lua solar. Nenhum incógnito:
Por toda a terra as sombras com olhos
Lambiam pregadas essa noite
O eco dos rastos e dos rostos
Consumidos na distância.
Os mortos ressentidos chispavam
No aço fino da voz: tudo foi dado,
O nobre nascimento e o voo sempre inédito
Das cinzas no oceano sem telhados.
será que a morte é igual
ResponderEliminara nunca se ter nascido?
Será tudo virtual?
Fará a vida sentido?
mais para dar um grande abraço ao meu amigo, a partir daqui- da Barragem do Divor.
ah, e porque estamos vivos
...“Sob os dedos do sol”
ResponderEliminarA vida desprendia os seus nós,
As naus e os pés do vento
Abriam janelas no mar,
Para a tarde chegar
De.vagar, vinham de longe as vozes
Chegavam à praia em eco
As grutas que fomos sendo…
Éramos nós as vozes deixadas
Eram vagas as ondas atiradas
À memória em cinza do nosso canto
Encostado à distância, nau côncava,
As mãos e o gesto de afagar tristezas,
De rumar a casa, à barca da ternura.
Um beijo de saudades
A Barragem do Divor! Que saudades dos bons momentos lá passados! Afinal ainda tenho saudades de alguma coisa... e não apenas da não-coisa!...
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