quarta-feira, 25 de junho de 2008

"Something in me was born before the stars / And saw the sun begin from far away"

Decorre hoje, no Auditório da Biblioteca Nacional, um Colóquio comemorativo dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, onde falarei sobre "Pré-existência e saudade na poesia inglesa de Fernando Pessoa", a partir das 16 h (não consegui ter o programa completo para o publicar aqui).
No Sábado, dia 28, pelas 21. 30, falarei na Galeria Matos Ferreira (Rua Luz Soriano, 14, no Bairro Alto) sobre "O Quinto Império em Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva".

Que relação haverá entre Saudade e Quinto Império ? Alguém se propõe responder ?

E agora, se ainda o não fizeram, não deixem de ler os belos textos e de ver as belas imagens publicadas pela Isabel Santiago, fruto de uma viagem relâmpago a Amarante e à casa de Pascoaes, com acontecimentos estranhos, como a queda de um livro, no quarto do poeta, que pareceu abalar o mundo... Pareceu !? Quem sabe o que disso resultou, resulta ou resultará ?

26 comentários:

  1. Ambos são eternos porque vamos sempre além, para o Além. Saudade, Quinto Império, Fantasias: ir além.

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  2. Se bem me lembro Pascoaes, creio que no opúsculo sobre José Lúcio, diz que aquilo de que temos saudade é do Inferno... Mas escreveu o "Regresso ao Paraíso", pela saudade... Alguém explica ?

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  3. Paulo,

    Acho que é no Sábado, 28/Junho !
    Pode confirmar?

    Até lá ...

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  4. Na Galeria Matos Ferreira está anunciado assim:


    28 de Junho de 2008 - Sábado, às 21h30: PALESTRA

    Tema: O V IMPÉRIO EM CAMÕES, VIEIRA, PESSOA E AGOSTINHO DA SILVA

    Proferida por PAULO BORGES.



    Alguém confirma?

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  5. COLÓQUIO
    Pessoa – 120 anos do nascimento
    Quando passam 120 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa, a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) evoca a obra do escritor com a realização de um colóquio que terá lugar no Auditório da BNP, durante o dia 25 de Junho a partir das 10 horas.
    Com abertura do seu Director, Jorge Couto , o programa inicia-se com intervenções sobre os manuscritos do autor de Mensagem entrados na Instituição nos últimos 20 anos e sobre a disponibilização em linha de documentos do Espólio de Fernando Pessoa, prosseguindo com abordagens diferenciadas sobre a multifacetada figura de vanguarda do Primeiro Modernismo português, por um significativo conjunto de especialistas pessoanos:
    Jerónimo Pizzaro, Manuela Nogueira, Miguel Roza, José Blanco, Manuela Parreira da Silva, Paulo Borges e Teresa Rita Lopes.

    A fechar o evento, Maria Germana Tânger procederá à leitura de poemas de Pessoa.

    O site da Biblioteca:
    www.bnportugal.pt

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  6. na verdade foi erro meu. Confirmo que é no Sábado, 28, às 21.30.

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  7. Cá para mim a Saudade é erguer os braços ao céu e gritar e o Quinto Império é partir pratos no chão e dançar ! Pelo menos é como eu faço.

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  8. Saudade e Quinto Império?
    Ambos poderão provocar um efeito semelhante a um alucinogénio mas de ordem mais subtil.

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  9. Olha, e eu é mais a dar murros no ar que vivo a saudade, enquanto o Quinto Império é mais aos pontapés nas esquinas dos prédios !... Curto imenso !

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  10. Eu não... Vivo um e outro a beber água por um copo vazio. Não é o ideal, mas é o que se pode arranjar.

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  11. Era isso mesmo que eu pensava, caros amigos !

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  12. Adorei os comentários...

    Isto é melhor que qualquer jogo de futebol!

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  13. Adoraste !? Então e tu, como é que fazes ? Eu cá, quando me dá a saudade ponho-me a ganir à janela, mas quando vem o Quinto Império vou aos pulos pela rua fora a snifar todos os caixotes de lixo ! É bem giro e às vezes vou em grupo com os meus amigos !

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  14. Saudade e Quinto Império; ir além. Alimentar ilusões: um dia será...

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  15. Eh pá! Ó Cavaco!
    Fico quieto. Não faço cavaco!
    Bebo umas cervejas, como uns tremoços e curto umas miúdas.
    Ah! Jogo umas bolas à parede até me acertarem na testa e parto uns candeeiros pelo caminho... e coisas assim. É curtido. É o V Império no seu melhor ...

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  16. Desculpem-me que vos diga, mas vocês são todos parvos. Ainda para mais, são preconceituosos. É o que dão as merdas dos elitismos, confundem-se as coisas, geram-se e alimentam-se preconceitos. Os (pseudo) intelectuais portugueses são uns frustradinhos de primeira apanha. Basta ver a merda da sua produção intelectual, que nada resolve e não chega a lado nenhum. Espelhos sobre o passado, nada mais. Ecos de uma ou outra grande personalidade, com tomates, em si mesmos vazios. O desdém com que tratam os trabalhadores é espantoso. Há dias falei aqui nos pescadores de bacalhau e logo se ergueram vozes críticas, falando no sofrimento dos peixes e esquecendo completamente o sofrimento atroz daqueles homens, fechados 6 meses ou mais num barco onde só mar se via, em condições de sobrevivência do pior. Isso só revela a boçalidade, brutalidade e total falta de bom senso de algumas pessoas que por aqui escrevem. Para além de que muitos deles não são senão clones uns dos outros. Manquem-se!

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  17. Paulo,
    Um será a semente e o outro o fruto.
    O V Império será o que da semente - desejo (vocação) e solidão (labor) - frutificar; para tal a semente terá de morrer para se cumprir em fruto, maduro (a), pleno (a), realizado (a), renascendo e imortalizando-se. Por outro lado, o V Império será a parte invisível da Saudade, ou mesmo indizível até ser o fruto da semente.

    (Eu gostava de ter frequentado o curso na Associação, mas as datas não estiveram favoráveis. Sábado parece estar….)

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  18. Desculpem que vos diga, mas concordo em grande parte com @ nomada espiritual.

    Chega de olhar para tras e chega de moralismos!

    Em vez disso, que deitemos mesmo tudo abaixo!

    Ja agora, estou agora em Bruxelas (terra do anticristooooo) em casa de umas amigas, depois de uns dias bem passados no Algarve a descansar, a empanturrar-me de sardinhas e a ler Nikos Kazantzakis, que espero que ande nos copos com o Teixeira de Pascoaes la no outro lado.

    Se eu na proxima vida encarnar como sardinha ou batata cujo destino e ser afogada em maionaise e comida com "Moules Marinieres" nalguma tasca Belga, o problema e meu.

    Va la, mostrem tomates, dispam-se, gritem, sangrem!

    :-P!

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  19. Caraças!
    Estou a começar a ficar com medo desta coisa... É que leio agora o comentário da Luíza e vejo nele consonâncias com o Sermão da Sexagésima, que estive a ler esta tarde enquanto esperava a minha vez para ser consultado pela minha médica preferida e, também, escrevi um texto alusivo para postar no blogue da nova-águia que, estou a ver que será o melhor, vou "podar" um pouco, porque digo lá que estamos a ser governados por estúpidos (herdeiros do Império da Vergonha - como lhe chama Ziegler) e covém não chamar estúpidos aos estúpidos para que a nova-águia não corra o risco de perder futuros patrocínios.
    Isso do Quinto Império e da Saudade, vejo-o assim: a Saudade é o Fruto que se prepara no horto do Futuro. E o Tempo não vem do passado, vai para o passado vindo do Futuro, os seus acenos e as suas sagrações brotam gráceis no solo vespertino que nos sustenta. O Quinto Império é o início do tempo. A meta dos cavaleiros do Amor, auto-convocados da Loucura Cósmica, rotos de luz e mendicantes nas caóticas estradas da vida que, enquanto forem dar a Roma são rotas de exílio que nos desviam daquela Jerusalém Imperitura, hoje a nossa muito querida Lhasa, a cidade mais lusófona entre todas, a convocar-nos para as Bodas do Fim.
    E que os nossos pés caminhem ligeiros e que as chagas nos ombros se nos desabrochem em asas, porque o que somos em verdade não é deste tempo de abdicação.
    Tudo isto está bem resumido no texto de Padre António Vieira que me alucinou (e já o tinha lido tantas vezes, como é triste andar com escamas nos olhos e não ser Peixe):
    "Será bem que o mundo morra à fome?
    Será bem que os últimos dias se passem em flores? Não será bem, nem Deus quer que seja, nem há-de ser."

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  20. Nao se preocupem, volto a escrever assim que assentar um pouco:-)!

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  21. É pá, olha quem é o nómada espiritual !... Então, pá, finalmente mostras as unhas !... Dantes era só "Abraços" e "Muita paz"... Agora já bufas e respingas ! Boa, ficas menos chato assim !... Mas não sei se não continuas burro, a separar o sofrimento dos peixes do dos homens... Não percebes qu'isto é tudo o mesmo, ó Nu... desculpa, nómada !? E a Aninha parece que vai pelo mesmo caminho, a achar que o mal que se faz é só problema nosso... Boa, é assim que ela quer partir tudo !... Gostei foi da vivência do Cavaco Silva: tenho orgulho de ser presidida por um homem assim !... Saudade e Quinto Império é com ele ! Até que dava uma volta com ele, a snifar os caixotes... e, já agora, a dar uns pinotes...

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  22. Ó pessoal, estou mesmo feliz ! Finalmente encontro quem me compreende ! A saudade e o Quinto Império são coisas para viver no corpo, não para fazer poesia e filosofia maricas que não levam a nada ! São experiências súbitas e transcendências totais ! Comigo é assim: quando me dá a saudade, ponho-me a fazer bolas de sabão e a tentar meter-me dentro delas ! Já consegui três vezes, em vinte e tal anos de tentativas, mas rebentaram logo... As experiências transcendentes são muito fugazes, quando são autênticas... Agora que não nos deixam iguais, não deixam... Já quando bate o Quinto Império é mais fácil: ponho-me à pedrada a mim mesmo e tento fugir do ricochete. Tenho é de ir p'ró campo, porque já parti a casa toda... E a cabeça, mas só uma ou duas vezes... Agora que sou um homem muito mais feliz, depois desta prática, disso não há dúvidas !... Já nem tenho de vir aqui p'ró blog perder tempo e fazer de parvo... Vou logo p'rá caminha dormir descansado ! Experimentem e vão ver que não se arrependem !

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  23. A saudade é para baixo e para cima, o Quinto Império é para dentro e para fora.

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  24. Gente bem disposta. assim está bem. gosto disto.

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  25. Something began shinning -
    the birth of my longing - from a far away so close to me.

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  26. Eu tenho saudades do Quinto Império!

    Tenho saudades do futuro que será...

    Todos nós temos lá dentro essa saudade desse Império de Coroação, Contemplação e Consagração do profano, do que é do povo, (que é sagrado) do que é visto com olhos de criança, muito brilhantes, muito vivos, muito sábios.

    Morrer e voltar a ser semente de pois de deitada no chão, depois de ser soprada pelo vento e de ser alimentada pela água.

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