quinta-feira, 12 de junho de 2008

O humano em busca do Paraíso. Mas o que é o Paraíso? Uma questão a que não tento responder neste post

Vida ideal: numa praia deserta, clima paradisíaco, pescando os peixinhos que comeria, enfim, um idílio. Provavelmente, morreria de uma infecção devida a um cortezinho.

Um filme: "Cast Away" (O Náufrago). Outro: "A guerra do fogo".
Um livro: "O velho e o mar".
Música: alguma. Na ilha, o som do mar, o vento, os pássaros, cantaria (mas sem palavras, só suspiros...).

Esqueci-me de um filme: "A praia". Acaba mal, mas é a busca do idílio. Tem o excelente tema "Porcelain", de Moby (outra referência marítima).

A propósito: alguém viu o documentário sobre os pescadores portugueses de bacalhau no Mar do Norte, por alturas do Estado Novo? Aqueles homens eram perfeitamente... loucos ou corajosos? Iam em grandes embarcações mas, uma vez chegados ao destino, desciam ao mar em pequenas barcaças, cada um na sua, e passavam horas a pescar, muitas vezes enchendo as barcaças com pesos insuportáveis pelas mesmas. Alguns chegaram mesmo a afogar-se ou a morrer de hipotermia após terem caído à água.

Não sou daquelas pessoas que dizem que não viveriam sem mar, porque o ser humano adapta-se, com tempo. Mas não deixo de dizer que o mar é uma visão não sei se libertadora se despoletadora de memórias longínquas. As referências são inúmeras. "At first flash of Eden we race down to the sea", The Doors, "Under water where thoughts can breathe easily/ far away you were made in a sea", Red Hot Chili Peppers. Para não falar nas portuguesas: "Canção do mar", "Remar, remar", etc.

12 comentários:

  1. "Moonriver
    Wider than a mile
    I'm crossing you in style, someday...
    Oh dreammaker, you heartbreaker
    Wherever you're going
    I'm going your way...
    Two drifters
    Off to see the world
    And there's such a lot of world to see...
    We're after the same
    Rainbow's end
    It's just around the bend
    My huckleberry friend
    Moonriver and me..."

    Uma das mais belas canções que ouvi.

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  2. Nuno, com um poema lindíssimo que foi colocado aqui hoje, como é que tu tiveste a ideia de vires para aqui falar de bacalhau. Não tenho nada contra os peixes, mas ...

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  3. Por acaso não acho o poema lindo. Acho banal, de fácil escrita, e de leitura fácil. Escrevo coisas muito piores, mas posso dar a minha opinião. Acho a pesca do bacalhau pelos corajosos pescadores infinitamente mais poética do que o poema que li. Espero não magoar os sentimentos da autora, até porque de poesia nada percebo. É uma opinião meramente subjectiva, fundada apenas no gosto pessoal. Na volta aparecem os especialistas e dizem que é o maior poema de sempre.

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  4. o paraíso está mais próximo do que se pensa... (porque se pensa)

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  5. Poesia no acto de pescar? Ah, deve ser na agonia e morte dos peixes que encontras a poesia... Bravo!

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  6. Gaja chata e perplexa: exactamente. No sofrimento e na morte. No esforço daqueles homens que, para garantirem a sobrevivência e das suas famílias, rumam ao desconhecido, enfrentando os maiores perigos imagináveis. Agonia e morte dos peixes? Vê alguém à beira de uma paragem cardio-respiratória ao teu lado e depois escreve aí umas frases inteligentes sobre a agonia dos peixes. Compreendo o ponto de vista dos vegetarianos e de todos aqueles que se importam com os animais, mas essa da "agonia e morte dos peixes", sou tão boa, tão sentimental, tão repleta de luz, não funciona comigo. Pelo que dizes, deves pensar que ir pescar para o mar alto, no Mar do Norte, é a mesma coisa do que aqueles pescadores de fim de semana que se vão divertir matando uns peixes. Infelizmente, olhando para o mundo em que vivo, não acredito na candura humana. Se realmente te preocupas com os peixes, convence-me a não comê-los... "It's ok to eat fish, 'cause they don't have any feelings..."

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  7. Não convenço ninguém... tem que partir de ti, do fundo de ti... se não percebes o que digo continua a pescar... com os "corajosos pescadores".

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  8. Nuninho, Nuninho, és mesmo um tontinho...

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  9. Gajo mesmo muito chato: quando alguém diz que ama os peixes, animais, e depois diz que depende de mim fazer-lhes ou não mal, que vem de dentro de mim, não faz sentido. É como dizer que ama os seus filhos mas que se alguém lhes quiser fazer mal, bem, nada fará para o impedir, depende da pessoa, a decisão virá de dentro dela. Faz sentido? (Não). Ainda para mais, vindo de uma pessoa que se arroga perceber de Religião, e cuja definição da mesma é religação. É como arrogar-se de perceber de Filosofia e defini-la como o amor à sabedoria. Faz sentido? (não) O tonto sou eu?

    Anita: se o mundo é dos tontinhos mansos, então não sou um deles!

    Um abraço, da Feira do Campo Alentejano! Hoje, tocam cá os Clã! Fiquem bem, divirtam-se, e um abraço especial para o Manuelinho, que escreveu outro grande post!

    Abraços!

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