terça-feira, 1 de abril de 2008

O céu também tem grutas, mas a transparência oculta-as.

45 comentários:

  1. Afinal a transparência também encobre ? A infinita e complexa diversidade do real ?

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  2. Pois é. Também muitos neste blogue andam a sonhar com o Uno imaterial, não dual, etc. e passam como esponjas ou borrachas sobre a diversidade das formas das coisas... É o espírito New Age, a mística da simplificação, não da simplicidade... O seu problema é que nada apagam senão a acuidade da percepção. E chamam a isso espiritualidade...

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  3. És tão intempestivo que te precipitas de uma insuficiente compreensão do aforismo para um juízo sobre o que desconheces... Ocultar não é anular: antes resguardar. As grutas continuam lá, para quem a elas possa, neste caso, subir.

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  4. -Armadilha-
    Caí no Céu:
    Perdida nas circunvoluções dos reinos superiores, capturada pelo desejo de não sofrer, protegida pela nobreza de coração, que acções negativas não me ocorre cometer, venerando Deus e, ainda assim, da lei cármica não me consigo desprender. Presa à roda do Samsara de mim não me posso esquecer.

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  5. Ora bem !... Aqui temos mais uma presa nas nossas divinas teias ! Uma suculenta menina !... Uuuuummmhhh... Que delícia !

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  6. Eu também m ofereço em holocausto. Vá lá aranhinhas, suguem o meu sangue, devorem-me, não tenham o mínimo de piedade pois eu estou muito longe de ser o que poderia ser, e estou desejosa de atingir a paz de deixar de ser.

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  7. Oh, nossa querida Margaridinha, mas quem nós devoramos não se liberta de ser !... Pelo contrário, fica como nós, a fazer teias nos mundos divinos, para seduzir outros e reproduzir a nossa condição de celestes escravas !... Não vês que é para isso que existem muitas das religiões e espiritualidades ?...

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  8. Ahhhh, já sei o teu nome: És a aranha Shiva, não és?

    Podem ser celestes escravas mas são os artistas mais sublimes que existem ...

    Preferia ser como vocês, feia e peluda, mas ter o condão de produzir delicadas filigranas, resplandescentes como diamantes, do que ser um mísero ser humano que não sabe fazer mais nada do que juntar palavras, roubar o tempo que os meus alunos dedicam ao atletismo e chatear as pessoas;-) ...

    E ainda por cima ter de passar pela humana vergonha de ser chamada de "princesa" e "flor" por outros humanos e ter de me dar ao doloroso trabalho de mostrar que sou do mais plebeu que pode haver ... Que não tenho grande jeito para arrobos etéreos, que escrevo mal e muitas vezes com palavrões e que não sou uma criatura lá muito delicada...

    Nada de menos surpreendente: Passei a infância de rojo a brincar com a minha prima Ana Isabel no chão de uma casa de fados chunga em Lagos, e a adolescência a aturar Ingleses bêbados num bar em Alvor. Do que estão à espera;-) ...

    Prefiro assim: É muito melhor desfazer todas as ilusões que possam ter a meu respeito logo de início.

    Um pedestal é um lugar muito bonito e elegante mas muito desconfortável de se estar ... E a queda de um pedestal é sempre muito, mas muito dolorosa ...

    Mas isto sabem vocês muito bem, irmãs aranhinhas, pois são vocês que tecem a matéria de que são feitos todos os pedestais ...

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  9. Estou a ver que tenho aqui uma fiel discípula ...

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  10. Ó queridas Aranhas Divinas, se ao menos habitásseis o reino da Fantasia... até eu me deixava prender nas vossas teias...

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  11. Mas quem é que não habita o reino da Fantasia ? Ser é Fantasia. A Fantasia é a única História Interminável.

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  12. Mas, ó Iluso o "adulto" que em mim habita não me deixa ver/"Ser Fantasia" ...

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  13. Obrigada pelo conselho ... mas o "gajo" teima em permanecer por aqui ...

    "Quanto tempo me resta para sofrer frustrações
    que a não ser paciente hão-de me matar!
    Agora que já a roda do destino gira sem freio,

    Só a tristeza acompanha a quem dia e noite
    Pretende achar a resposta a inquietudes que o sonho
    Alimenta com fartura mas não sabe digerir! "

    Chankecham

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  14. Explica-nos, Iluso, como é que meto na rua este adulto que também em mim habita. Do modo como falas, parece algo bem simples de se fazer... Como meteste na rua o adulto que habitava em ti? Há anos que estou a tentar, sei muito bem o que significa recuperar a criança que vive em nós e que nos obrigaram brutalemente a esconder, a calar, a espezinhar e até a matar.... Contudo, acompanho a Prima de Atreiú e as palavras de Chankecham (imagina que numa profunda depressão ponderei "lucidamente" o suicídio...) não haverá aí uma certa compexidade?

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  15. Claro que pode não ser fácil. Sobretudo porque o "adulto" é também quem se quer livrar de si... O adulto é isso que em nós quer e não quer sempre fazer alguma coisa... No fundo também já andava na criança.
    O melhor é sintonizarmo-nos com a casa, o espaço, e não com quem a habita: a mente que pensa, fala, age... Essa é a criança primordial, o infante, que nunca nasce nem morre.

    Abraços

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  16. O Iluso tem toda a razão.

    Cresci na angústia de ver a roda do tempo me obrigar a fazer parte do mundo dos adultos.

    Chego à conclusão que a receita para matar o adulto em nós é muito simples e ao mesmo tempo muito complexa: Meditação.

    Um forte abraço de quem ainda se recusa a crescer.

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  17. Muito obrigada pelas tuas sábias palavras, caro Iluso.

    Fiquei esclarecida.
    Com tempo e paciência, hei-de libertar-me desse adulto chato !

    Ó Margarida, tens razão a meditação ajuda.

    E tu, ó Adulto Frustrado: Suicídio ? ! Estás maluco ou quê ?
    Então e o trabalho, a frustração e igualmente o gozo que dá deitar esse adulto porta fora ? Nunca tal me passou pela cabeça muito menos na companhia do "Livro do Desespero"

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  18. Obrigado pela explicação, Iluso, também tenho estado a fazer isso, concentrar-me mais no espaço exterior. É verdade que demasiada interiorização também nos pode levar a torturantes becos sem saída... Um abraço.

    Muito obrigado ao Intempestivo e à Compreensiva, um forte abraço a ambos.

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  19. Prima de Atreiú, eu sei, tens razão, fez parte do caminho, já passou... Abraço

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  20. Sabes, também com a pressa, esqueci-me de te dizer que as palavras de Chamkecham era só a brincar ... para tornar as coisas confusas, sérias, adultas e, sobretudo, chatear alguém. Desculpa.

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  21. Querida Prima, ainda bem que trouxeste o Chamkecham , eu estou óptimo, a sério, não te preocupes, obrigado.
    Ser é Fantasia, o adulto metemo-lo na rua, é verdade, mas como gerir a questão da criança e da ética? As crianças também têm uma boa dose de irresponsabilidade, por isso o Chamkecham veio mesmo a calhar.

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  22. As grutas do céu são o capacho do Abismo... :)

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  23. Vejo-me. Obrigo-me.

    "Estou quieta como um bocado de lenha".

    Compreendo o diluente...

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  24. Querido Adulto Redimido,

    Sossego por saber que estás bem, e que também, afinal, gostas do livro de Chamkecham. Já temos mais uma coisa em comum: além das dúvidas o livro !

    "mas como gerir a questão da criança e da ética? As crianças também têm uma boa dose de irresponsabilidade"
    Excelente pergunta e excelente reflexão !
    Mas não te posso ajudar ... sou uma criança/adulta que vai dum extremo ao outro com relativa facilidade. Acredita ! Ninguém me leva a sério. E ainda bem. Sou uma transgressora. Não gosto do "politicamente correcto".
    Porque não pedes ajuda ao Iluso ? Melhor... porque não pedimos ajuda ao Iluso, ao Intempestivo, à Compreensiva, à Nódoa Negra e a todos os outros seres que por aqui andam neste blogue ? Concordas ?

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  25. Às vezes a melhor ajuda é não procurar nem receber ajuda alguma... Entremos na nossa confusão a fundo, sejamos um só com ela e pode ser que a treva se faça luz.

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  26. Caro Klatuu, que Abismo é esse com pés !?... Não tenho dimensões: por isso a tudo abranjo. Sou o espaço da vossa confusão e da vossa luz. Sou-vos, meus filhos, e ao mesmo tempo ignoro-vos absolutamente.

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  27. Pareces triste Iluso ... resignado !
    O que é que te aconteceu ?
    Foste contagiado pelo Adulto Redimido ?

    Aceito as tuas palavras... mas não me convenceste. Totalmente.

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  28. Não, não é tristeza nem resignação. É uma das minhas formas de me libertar: nada procurar, nada evitar, entrar a fundo no que se manifesta. Porque o que se manifesta é sempre puro, mesmo que seja doloroso ou incompreensível.

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  29. Querido Iluso,

    Um sorriso tímido ... e duas lágrimas.
    Só duas ! Pronto.

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  30. Beijo essas lágrimas.

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  31. Paulo Borges, as questões que se seguem não foram feitas por ninguém, uma vez que "alguém" não existe. Quando muito, foram feitas por e para você próprio. Elas já estavam na sua mente... Também não esperam nenhuma resposta, são só para reflexão.

    Uma das persongens do seu livro "Línguas de Fogo", Sofia, diz: "o Professor foi o nosso Sócrates... o moscardo que nos pica e desassossega... Evitemos que tenha o seu Platão!... Alguém que converta um estímulo ao despertar e um exemplo de vida em doutrina fixa... ou que assim seja entendido!..." (p.162).
    Pergunto, como se evita que Agostinho tenha o seu Platão?Como e com que legitimidade evitamos isso? Temos que estar atentos para ver se aparece alguém com esse perfil? E se esse Platão aparecer por cá, que lhe fazemos? Impedimo-lo? Opomo-nos a ele? Expulsamo-lo da Lusofonia? E se esse filósofo for você próprio? Que sabemos nós sobre o que deve ou não ser feito nesta realidade em termos de mestres e doutrinadores? Quem somos nós e que sabemos nós da História para achar que não deve haver alguém que fixe uma doutrina? Ainda que pensássemos que um filósofo desse género viesse prejudicar o mundo, como podemos estar certos de que isso é realmente mau? Não será uma perspectiva demasiado subjectiva? E se estivermos enganados e se for necessário que esse filósofo venha, por mais que preferíssemos que ele não viesse? Para além disso, todo o movimento que se está a criar em torno da mensagem de Agostinho não é o mesmo que entender essa mesma mensagem como uma doutrina? Não se está a propor que todos à nossa volta adiram a esse estímulo de despertar e a esse exemplo de vida?

    Outra questão:
    Sofia, sobre a existência dos impérios romano e português diz: “Fomos dos principais responsáveis pela mundialização da mentalidade imperial romana, europeia e ocidental... E nisto, ao contrário do que pensou o Professor Agostinho, numa certa fase, não vejo qualquer plano divino... Qualquer providência ou outra razão que justifique o absurdo e o negativo... Urge pois redimir-nos agora disso.../ - trazendo o mundo, com toda a sua diversidade cultural e mental, à Europa e ao Ocidente... Construirmos pontes entre tudo o que é diferente... Apontar à unidade mas mantendo as diferenças(148) .”
    Pergunto, como podemos estar certos de que a mundialização da mentalidade imperial romana foi absurda e negativa? Será lícito fazer um julgamento subjectivo da História a esse nível? O que sabemos do sentido do Universo para achar que certos factos históricos não deveriam ter acontecido? Estamos em condições de poder fazer essa avaliação? Que sabemos nós do futuro para acharmos que o passado não deveria ter acontecido tal como aconteceu? Se não tivesse havido um império português, nós nem estaríamos aqui a trabalhar pela Lusofonia, que é sustentada por um mito de redenção da História... Por que motivo, então, foi ele negativo e absurdo, se sem ele a História não teria a possibilidade de se redimir? O império português foi necessário para o projecto da Lusofonia, que é a grande esperança da Humanidade; foi uma necessidade, ele teve que acontecer,o que pode ser visto como uma providência. Se não há nenhuma razão para a existência do império português, ele aconteceu como, por um acaso absurdo? Que andou então a fazer Vasco da Gama, andou a perder tempo com acções sem justificação, absurdas? Teria sido melhor se ele tivesse ficado quieto? Haverá factos históricos absurdos, que acontecem por acaso, sem justificação, e outros que acontecem porque fazem sentido? Como distinguimos uns dos outros? Com que critérios? O que justifica a nossa acção é unicamente o facto de nos termos que redimir da “asneira” absurda e injustificável do império português (passado), ou a nossa responsabilidade coletiva de possibilitarmos uma redenção da História (futuro), da qual o império português foi um primeiro momento necessário?

    Outra questão:
    Alguém diz: “- Livrai-vos pois desse pecado que Agostinho insistiu ser o mais grave e imperdoável: o pecado contra o Espírito, o pecado contra o sem si de si, o pecado de pretender saber o que é e não é, onde está e não está, encerrando ou negando em enviados, mestres, profetas, revelações, confissões, religiões, irreligiões e vias, isso que, livre de ser e não ser, sopra ou não onde e quando sem querer quer”. (p. 324)
    Na págima anterior, sobre espiritualidade, alguém diz: “Mas livrai-vos também da ingenuidade de se pretender misturar e fundir todas as vias conhecidas numa única ou em várias vias mistas ou de se imaginar que as vias mais adequadas a cada um podem ser absolutamente criadas por si próprio”.
    Pergunto, se o Espírito é absolutamente livre, não é ele independente de todos nós? Independente de de todas as filosofias, religiões e demais formas de espiritualidade? Se sopra onde, como e quando quer, independentemente de tudo, porque é ingénuo achar que se possam misturar e fundir vias? O que é a filosofia grega, senão uma mistura de várias influências vindas de diferentes lugares e épocas? Que foi que aconteceu no Egipto ptolomaico, não foi a fusão do mito olímpico com o mito faraónico, dando origem a uma nova espiritualidade, a uma nova divindade? O cristianismo não é uma fusão de judaísmo, religião e filosofia gregas, e religião imperialismo romanos? Uma unidade feita de diferentes tradições de diferentes culturas e de diferentes épocas? Porque temos que nos livrar que isso possa acontecer? Não tenho eu o direito de decidir por mim o que é mais adequado para mim próprio? Não posso integrar na minha espiritualidade elementos da filosofia grega, da ciência europeia, do cristianismo, do hiduísmo e do budismo e da cultura portuguesa? Isso não é criar uma espiritualidade própria? Paulo Borges, de que é feita a sua espiritualidade? Não é uma unidade criada a partir de contribuições de filosofia grega, ciência europeia, cultura portuguesa, cristianismo e budismo ? E se alguém criar a sua própria espiritualidade a partir das tradições do hinduísmo, taoísmo e xamanismo? É isso uma ingenuidade de que nos devemos livrar? E o Espírito não é criativo? Se ele é independente, sopra onde, como e quando quer, se é a absoluta criatividade, se não tem forma definida e se se apresenta sob qualquer forma, porque não hão de surgir novas formas de espiritualidade? Não é isso que tem estado sempre a acontecer ao longo dos tempos? Agostinho não criou uma nova forma de espiritualidade, a sua própria espiritualidade? O que significa exactamente que a via mais adequada a cada um não pode ser absolutamente criada por si próprio? Essa precaução não pode ser vista como uma forma de limitar e condicionar a liberdade de um Espírito ilimitável, incondicionável, absolutamente livre e criativo?

    Outra questão:
    "De que o mundo carece não é de novas vias ou doutrinas, religiosas ou irreligiosas, mas sim de mestres autênticos, manifestações imaculadas e vivas de liberdade, luz e amor, que a nada aspirem senão à emancipação de todos os seres de todos os seus limites, ilusões e dores".

    Pergunto, que vêm cá fazer esses mestres? Conservar as tradições que já existem? Que veio fazer Buda? Conservar o hinduísmo? E Cristo, veio conservar o judaísmo? Ou será que trarão novas mensagens, mensagens emancipadoras, novidades libertadoras? Sócrates e Agostinho, que vieram cá fazer? Conservar doutrinas antigas ou, a partir delas, abrir novos horizontes? Trazer "Novos Mundos ao Mundo?" O que é ser português? Não é fazer des-cobertas? Revelar algo de novo? O que significa "des-cobrir"?
    Paulo Borges, o que é espiritualidade?

    Com amor,
    Ninguém

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  32. Um apontamento:

    Li: "Línguas de Fogo - Paixão, Morte e Iluminação de Agostinho da Silva" de Paulo Borges.

    Adorei. Quero mais Professor.


    Lisboa, 13 de Fevereiro de 2007

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  33. Resposta sem resposta ao abismo fundo da confusão:

    Car@ Amig@,

    Agradeço a sua leitura atenta e as suas questões/objecções: para lhe responder a tudo teria de escrever vários livros... Mas jamais lhe responderia plenamente a tudo, pelo simples facto de que não ocupo a mente com muitas das suas perguntas. Sendo assim, apenas 4 apontamentos para uma (não) resposta:
    1 - A minha visão mais funda não se expressa necessariamente, tal qual, no que digo e faço, porque o que digo e faço são estratégias reguladas pelas circunstâncias exteriores... Isto aplica-se aos meus livros, ao MIL, a tudo o que é mais visível. Espero que todas as doutrinas, minhas ou de outros, se anulem no Despertar.
    2 - A redenção da História é a redenção da ilusão de a haver e de haver providência, planos e fins divinos que justifiquem o seu imenso horror e absurdo. Se Deus existisse e fosse o senhor da história seria um ímpio e tudo deveríamos fazer para o abolir. Não há futuro que justifique o sofrimento de uma mosca.
    3 - Gosto da metáfora joanina do espírito soprar onde quer, mas é mera metáfora de algo que não tem a ver com vontade alguma. Por outro lado, há que distinguir entre o espírito desperto, que se pode manifestar pelos modos mais adequados ao bem dos seres, e o espírito obscurecido, que inventa espiritualidades e religiões em função dos conceitos e emoções que o toldam.
    4 - Sim, creio que os mestres não vêm conservar nada. Pelo contrário, vêm revolucionar tudo. A começar pelas ideias que temos do que é espiritualidade: na via que sigo, espiritualidade é reconhecer a vacuidade de tudo, incluindo do espírito, e por isso mesmo amar incondicionalmente todos os seres que ainda não se libertaram da ilusão de existirem realmente.

    Desculpe, pois sei que não satisfaço o seu ímpeto interrogativo.

    Um abraço

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  34. Mais um apontamento:

    Um dia destes, quando encontrar o Professor Paulo Borges, vou pedir-lhe que escreva mais uns livros... Não, necessariamente, respondendo às questões do Abismo Fundo da Confusão mas, com tudo o que de sábio tem para nos dizer e ainda não escreveu.


    Lisboa, 3 de Abril de 2008
    (pelas 17:00Horas)


    .

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  35. Caro Livro de Memórias, não se deixe enganar pelas minhas aparências (falsas) de sabedoria !... Uma coisa são palavras, outra é estar à altura do que se diz...

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  36. Outro apontamento:

    Caro Professor Paulo Borges,

    Conhecendo alguma coisa do que escreve, compreendo muito bem estas suas palavras. Registo-as.
    Mais quando sentir o engano, permita-me p.f. que lho diga pessoal e frontalmente sem quaisquer reservas... Pode ser?


    Lisboa, 8 de Abril de 2008


    .

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  37. Caro Paulo,

    peço-lhe desculpa pela forma "louca" como me revelei. Por vezes, esta Serpente põe-nos a fazer coisas incompreensíveis, parece que tem vida própria. Agradeço-lhe sinceramente a sua resposta.

    Um abraço

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  38. Sem a loucura que é o homem?

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  39. Minha loucura, outros que me a tomem
    Com o que nela ia.
    Sem a loucura que é o homem
    Mais que a besta sadia,
    Cadáver adiado que procria?

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  40. Perdoe-me Caro Professor,
    mas terá que se esforçar muito para que isso venha a acontecer.

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  41. «Não tenho dimensões: por isso a tudo abranjo. Sou o espaço da vossa confusão e da vossa luz. Sou-vos, meus filhos, e ao mesmo tempo ignoro-vos absolutamente.»

    Anedótico. O uso de uma metáfora espacial para dar voz ao Abismo é a demonstração de nenhum conhecimento do mesmo. A menos que se estivesse a falar de uma cova no chão - e essas são mudas.

    Claro, as palavras servem para tudo.

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  42. Sabes, Paulo, nisto encontro uma virtude superior no Budismo ao Luciferismo: a GRANDE PACIÊNCIA com que fornece os seus acólitos!

    Abraço.

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