terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Um romantismo de morte

É isso: se pudesse definir, o que é simplificar demais, a cidade e a vila em duas palavras, definiria a primeira como imunda e a segunda como munda.

Mas, provavelmente, há muitas pessoas e coisas mundas na cidade, embora me pareça tudo muito artificial, devido ao que creio ser a génese da mesma, a necessidade de sobrevivência, o desejo de enriquecer e toda uma série de actos que catalogaria como maus, estúpidos, ridículos, inúteis ou mesmo desesperados.

Na vila há uma simplicidade que a muito custo se encontra na cidade. Na maioria das vezes, essa simplicidade não passa pelos museus ou salas de cinema citadinos, que a transformam em produtos snobistas, podendo no entanto passar pela contemplação do rio a partir de um miradouro numa manhã solitária, as folhas que esvoaçam no chão, os raios solares que perpassam as ruas antigas e menos antigas... um romantismo de morte.

2 comentários:

  1. Anónimo

    Sei o que é sentir o sossego e a paz que as grandes estepes nos transmitem.
    Quantas fugas foram feitas para o interior do meu país, buscando a tranquilidade esperada.
    Quanta nostalgia sentida no inferno burguês.
    No entanto que se faça frente a esse mal.
    haja valentia e optimismo!

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  2. Ja leste Henry Miller? Aconselho-te vivamente "Tropico de Cancer", "Tropico de Capricornio" "O Pesadelo de Ar Condicionado" e o extraordinario "Os Colossos de Maroussi". Tenho a certeza que te vais identificar muito com a sua visao.

    Um forte abraco,

    A

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