terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Depois

Só a ti chego depois das tempestades
Bebo o teu sopro de vida
Respirando o perfume de laranjas em flor
Aqui fico para que me embales
matando-me a dor
junto ao teu peito

Solta-me o laço marcado
dobrado pelo tempo de não te ver
Quero-te desenrolar sobre o meu corpo
sobrado da saudade
do teu amor

Cobre-me de linho
Unta-me com flores
Fala-me de longe
Um mar de areia fina
e a tua cor

Juntam-se os azuis
Num céu de amarelos
Conchas vermelhas
E um cavalo castanho

Sabes do que eu falo
Guardamos segredos
Canto cá do alto
Voltamos a ver-nos
Juntos caminhamos
Sem nunca perdermos
A mão que nos junta
tem mil e um dedos

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