quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Entre a mesa e a janela, mora teimosa uma parede amarela. 
Procuro o ponto de fuga. 
Desenho o luar em cada noite escura. 
Despeço-me do sol. 
Na monotonia do amarelo, deito-me e sonho 
com o mar que caminha para a montanha,
até que a terra encontre o céu e o azul tome conta da cor.

Descubro no gesto o sentido.

Entre a mesa e a janela, da minha casa
Mora teimosa uma parede amarela
Cansada, debotada na cor,
Delicada, encosto meu corpo
Apoio no ombro a vontade de ser
Abro a janela, abraço a liberdade.

No horizonte - vida.

4 comentários:

  1. Bom regresso
    com o que não podia deixar de ser
    um bom poema

    beijinho

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  2. Tem limites a loucura,
    mesmo como alegoria:
    se por acaso perdura,
    pode acabar em mania,
    irmã gémea porventura
    da poética harmonia!

    JCN

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