terça-feira, 8 de novembro de 2011

a HORA

Portugal amado
Portugal querido

eis como te queremos
:
nem vendado
nem vendido

66 comentários:

  1. Por causa da parecença
    confunde-se honra com hora,
    embora haja diferença
    pelo menos por agora!

    JCN

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  2. Platero,

    Portugal

    Sem áscua, nem manjua!
    Na verdade, sem grelha,
    nem sardinha.

    Abraço

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  3. Platero tem o condão
    de brincar com os vocábulos,
    dando-nos a sensação
    de estar pintando retábulos!

    JCN

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  4. JCN

    verdadeira quadra de mestre
    na linha do clássico "poesia é pintura"
    ou coisa semelhante

    obrigado

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  5. Rui

    grande abraço
    a realidade é mesmo essa, mas o que havemos de fazer?

    o nosso menino - mesmo monstro - sempre nos parece lindo

    abraço

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  6. Sob a forma de quarteto
    e de versos mais pequenos,
    a quadra não vale menos
    que o exigente soneto!

    JCN

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  7. Do soneto a quadra tem
    a mesmíssima exigêmcia,
    não tolerando também
    a menor deficiência!

    JCN

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  8. A quem nos quer humilhar
    sem qualquer razão de ser
    há que saber responder
    em moeda similar!

    JCN

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  9. Define-se uma nação
    pelos poetas que tem,
    isto sendo uma asserção
    que não contesta ninguém!

    JCN

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  13. Seja qual for a disputa
    sobre quem seja a nação,
    dou de barato a razão
    defendida tão à bruta!

    JCN

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  14. Com trutas, armas e pão,
    mas sem alma ou sem moral,
    não se basta uma nação
    que se preza como tal!

    JCN

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  15. Mais uma vez que distantes
    são nossos pontos de vista:
    à minha fé de humanista
    tomo os seus por apoucantes!

    JCN

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  16. Se pensa continuar
    com seus versos de ceguinho,
    comece por afinar
    as cordas do cavaquinho!

    JCN

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  17. Que diferença, Senhora,
    entre os meus e os seus versos,
    tão desiguais, tão diversos,
    como a filha o é da nora!

    JCN

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  18. Deixe-se, cara Senhora,
    de em poeta se arvorar,
    pois cada vez que se arvora
    não faz senão piorar!

    JCN

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  19. Ser poeta não consiste
    em fazer versos rimados;
    é poeta quem perdiste
    em não descer aos montados!

    JCN

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  20. Uma coisa é a "piroseira",
    que a toda a gente acontece;
    outra coisa é a pepineira,
    que só repulsa merece!

    JCN

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  21. Corrijo, na penúltima quadra, "perdiste" por "persiste". JCN

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  22. Pela demora... suponho que esteja a afinar o cavaquinho! JCN

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  24. A senhora dos pés grandes
    as estribeiras perdeu
    e suas razões meteu
    em sensaboronas sandes!

    JCN

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  25. Minhas "quadras de escumalha"
    dão-lhe voltas à cabeça,
    pois não têm nenhuma falha
    que reprovação mereça!

    JCN

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  26. Uma vez mais a aconselho
    a deixar a versalhada,
    devendo ver-se ao espelho
    para se ver retratada!

    JCN

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  27. O pobre tolo do castro laboreiro
    só picado é que ainda tem tusa
    bem faz de conta mas só de cueiro
    lhe sai quadra sem altura semifusa.




    (Vai pianinho, velhinho! Se não, corta-se-te aqui de novo o canoro pio na demasia. Respeito às senhoras e aos demais, alarvão! Qualquer natália, sem ser correia, te vai num ápice aos entremeios de soberba do estro. E quanto mais cantas, mais te emudeces.)

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  28. Se trabalho ou não trabalho,
    da sua conta não é:
    meta-se vossemecê
    na "chupança" do seu galho!

    JCN

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  29. "Sonetinho" ou "sonetão",
    meus sonetos não têm par,
    destinados a ficar
    em luxuosa edição!

    JCN

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  31. Só faltava o MeTheOro
    aqui meter o bedelho
    como atrevido fedelho
    sem carácter nem decoro!

    JCN

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  32. Trabalho as minhas quadras como quem
    faz um soneto sem defeito algum,
    seleccionando os termos um por um
    sem descurar a música também!

    São jóias, pois, do mais subido preço,
    que às minhas amizades ofereço!

    JCN

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  33. Agora ponto final
    nesta nossa discussão,
    porquanto já cheira mal
    esta luta... sem razão!

    JCN

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  36. Em dia de S. Martinho,
    seja lá pelo que for,
    há quem se eceda no vinho
    e perca todo o pudor!

    JCN

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  37. Como tenho referido,
    eu detesto as brejeirasas
    por não fazerem sentido
    em nações civilizadas!

    JCN

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  38. Corrijo a gralha "brejeirasas" (um grão nas asas?) por "brejeiradas". Acontece! JCN

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  39. Um insulto dirigir
    a qualquer nonagenário
    é de mau-gosto primário
    que se deve corrigir!

    JCN

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  40. Quem não tem categoria
    para entrar nas discussões
    sem derrubar a fasquia
    deve elevar os tacões!

    JCN

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  41. Será que é crime ser velho,
    senhora dos pés peludos?...
    Se me permite o conselho,
    reveja lá seus estudos!

    JCN

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  42. E com esta me despeço,
    que se vai fazendo tarde;
    das más línguas Deus me guarde:
    é tudo quanto lhe peço!

    JCN

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  43. A quadra tem suas normas
    pelos sábios estudadas:
    respeitemos suas formas
    desde há muito consagradas!

    JCN

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  44. Endereçada ao MeTheOros:

    Evita de te encontrares
    com um castro laboreiro
    que te rasgava o taseiro
    sem tempo para pensares!

    JCN

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  45. Duas desalminhas (um lesma caquético com ares de antónio aleixo das berças, e uma fechadura avariada e ferrojenta com um pedaço da chave lá dentro) que estão mesmo bem um para a outra.

    Coitadinhos dos meninos tristes!
    Fiquem pr'aqui na traulitada...

    Entretenham-se, já que nada mais parecem ter para fazer...



    (O que me custaria menos seria bloqueá-los. Apagar este vosso lixo, nem me dou sequer já ao trabalho. Idiotas!)

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  48. Corrijo, na minha última quadra, a gralha "taseiro" por "traseiro", que é a parte anatómica onde, em sentido descendente, a coluna vertebral troca de nome, com larga sinonímia! JCN

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  49. Aí vai, para rematar em jeito de verónica:

    A diferença que existe
    entre mim e o Aleixo
    é a mesma que consiste
    entre uma pedra e um seixo!

    JCN

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  50. Cara Senhora, não deixo
    de constatar seu talento:
    trabalhe para com tento
    da pedra fazer um seixo!

    JCN

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  51. Brindando pela concórdia,
    nesta quadra queira ver
    o jeito de me bater
    à luz da misericórdia!

    JCN

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  52. Tenho uma forma castiça
    de na quadra me bater,
    nunca abandonando a liça
    antes de alguém me vencer!

    JCN

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  54. Suponho, cara Senhora,
    que pôs à mostra o seu rosto,
    o que me causa desgosto
    por tão-só sabê-lo agora!

    JCN

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  55. Nesta sua Poesia,
    de quadras unicamente,
    transparece a sua mente
    que, de facto, me extasia!

    JCN

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  56. Nos jardins da Alegoria
    se encontram todas as almas
    que brandindo as suas palmas
    prestam culto à Poesia!

    JCN

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  57. caro Castro Nunes

    coisas tão bonitas nos seus escritos, nas suas quadras

    uma série que começa em:

    um pensamento profundo
    um desejo de verdade
    ...............
    cheio de preciosidades poéticas que me escuso de citar. Mas a produção em massa, em catadupa, não pode deixar de implicar o abaixamento de qualidade.

    pelo respeito que me merece, deixo minha resposta a uma quadra sua
    :
    mesmo com categoria
    quem entrar em discussões
    ao derrubar a fasquia
    pode rasgar os calções

    com um grande abraço de admiração pelo seu trabalho

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  58. Caríssimo Amigo Platero:

    Tem carradas de razão
    nos reparos que me faz:
    por um nada se desfaz
    a melhor reputação!

    JCN

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  59. Vou pôr em prática a sério
    o conselho que me deu,
    evitando o despautério
    em qualquer poema meu!

    JCN

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