2500 anos depois, regressa o Symposium
«Para alguns intérpretes, o conceito de amor em Platão em O Banquete é irracional e explicado pela natureza.»
e para si, o que é o amor?
venha partilhar connosco. garantimos boa disposição e um menu confeccionado pelas mãos do grande chef José Besteiro.
+ info: joebest@dacozinha.net
Seja qual for o conceito
ResponderEliminarem que se tenha o amor,
seja ele aquilo que for,
merece o nosso respeito!
JCN
Embora o tenha provado
ResponderEliminarnos arroubos da paixão,
não me sinto autorizado
a dar do amor a noção!
JCN
Se por um lado o amor
ResponderEliminartem muito de natural,
terá por outro um factor
puramente racional!
JCN
AMOR PORTUGUÊS
ResponderEliminarO verdadeiro amor à portuguesa,
estável, recatado, atencioso,
não é por natureza tormentoso
nem corre atrás apenas da beleza.
Os casos que a história certifica
acerca dos monarcas e escritores
infernizados pelos seus amores
não são o que em geral se verifica.
Para o amor ser português de facto
basta que seja amor tão simplesmente,
sem dramatismo nem espalhafato.
Tanto triunfa o amor que faz história
como o que sem alarde, mas ardente,
só no seio do lar deixa memória!
JOÃO DE CASTRO NUNES
O banquete de Platão
ResponderEliminarfoi um tremendo banzé:
quando acabou a sessão,
já ninguém se tinha em pé!
JCN
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCara Senhora, por que não deixa o soneto e tenta outra modalidade mais conforme com a sua marcada tendência para sistematicamente "fugir" à grade?!
ResponderEliminarQuanto à concepção do amor, tem cada qual a sua em consonância com o que lhe vai pela porta! E por que não?... Será que os cisnes têm para todos o mesmo aspecto... fálico!
JCN
Que distantes nós estamos
ResponderEliminarno que respeita ao amor:
tão-somente quando amamos,
saberemos onde o pôr!
JCN
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA MINHA ALMA GENTIL
ResponderEliminarEla era o supra-sumo das mulheres
em todos os sentidos, sem mazela
de espécie alguma, virtuosa e bela,
sem nunca descurar seus afazeres.
Mulher assim, dirão, nunca existiu,
nunca Deus a criou para ninguém
nem mesmo, desde logo, para quem
em seu marido se constituiu.
Esse é de todos o maior engano
que alguém já cometeu por simplesmente
vez alguma a ter visto à sua frente.
O seu olhar lembrava o oceano,
entre verde e azul, e seu cabelo,
de tom dourado, era um espanto vê-lo!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Que decepção, cara Senhora... dos "pés grandes e peludos"! JCN
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQuer seja de ancas ou não,
ResponderEliminarno balão só vai quem quer:
cá por mim prefiro ter
os pés assentes no chão!
JCN
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPor causa das "teias"... andamos todos "às aranhas"! JCN
ResponderEliminarSe acaso não encontrou
ResponderEliminaroutro amor a não ser esse,
é desgraça que acontece
a quem tão mal o tratou!
JCN
Parece que continua
ResponderEliminarcom a sua concertina
por afinar, em surdina,
alarmando toda a rua!
JCN
Quem não tem capacidade
ResponderEliminarpara um só verso acertar
é bom que pense em mudar
para outra modalidade!
JCN
Aí vai mais um, ao meu jeito, camoneando:
ResponderEliminarAMOOOR!
Amor não se define, mas se sofre,
amor é jóia rara que se guarda
a sete chaves em seguro cofre,
cujo segredo em cifra se retarda!
Amor é sentimento indescritível
que de maneira alguma se alardeia,
pois é de certo modo incompatível
com qualquer outro canto de sereia.
Amor é sensação que não se inventa,
mas que uma vez em nosso peito entrando,
sem descanso nos dar, nos atormenta.
Falo por mim que, um dia me encontrando
com ele de surpresa, fiquei preso
dos seus grilhões, de que suporto o peso!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Mais uma v4ez, camoneando:
ResponderEliminarAMAR ATÉ MAIS NÃO
Amar, amar, amar até mais não,
amar fervendo, como tu dizias,
amar, amar, amar todos os dias
até se nos parar o coração;
amar ano após ano, a todo o instante,
sem hora para nada além de amar,
amar, amar, nunca deixar de amar
em natural renovação constante;
amar como se nada mais houvesse
para fazer no mundo a não ser dar-se
até final sem peso nem medida;
amar, quando o amor nos acontece,
é, por assim dizer, perpetuar-se
no ser amado para além da vida!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Altero o último verso para:
ResponderEliminarno ser amado sem contrapartida!
JCN
A brejeirice gratuita
ResponderEliminarsem qualquer finalidade,
mesmo que seja fortuita,
fere a minha identidade!
JCN
Quem só por uma ironia,
ResponderEliminarque não faz mal a ninguém,
dá a casca ou se agonia
grande carácter não tem!
JCN
Em campo fiquei sozinho
ResponderEliminaras minhas armas velando,
qual D. Quixote aguardando
bater-se contra o moinho!
JCN!
De farroncas sem sentido
ResponderEliminarnunca gostei na existência:
detesto, como é sabido,
atitudes de insolência!
JCN
Pode a gente discordar
ResponderEliminardos nossos pontos de vista,
mas um perfeito humanista
de luvas deve lutar!
JCN
Versejando, após ter clicado em FW:
ResponderEliminarAs suas ancas grotescas
são de evidente mau-gosto:
têm feições carnavalescas
de se lhes virar o rosto!
JCN
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDepois de ler os seus versos
ResponderEliminarque os ouvidos me arranharam,
tomei remédios diversos
que bons euros me custaram!
JCN