segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SISIFO

saio da cama
com o mesmo sem-vontade
com que saí
do ventre de minha mãe

encaro o mundo
com as dúvidas todas
de quem renasça
todas as manhãs

13 comentários:

  1. Cada manhã que desponta
    eu venho ao mundo de novo:
    deste jeito me renovo
    sem que disso me dê conta!

    JCN

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  2. visão mais otimista
    do que a do poema em que se inspira

    antológica a sua quadra
    mas também gosto (muito)
    da minha hesitação
    em levantar-me esta manhã

    grande abraço

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  3. Uma esperança acesa nos quatro últimos versos.
    Gostei sim e obrigada.
    Beijo

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  4. Ninguém na quadra supera
    Platero em seu tratamento
    quando ele quer e se esmera
    na expressão do seu talento!

    JCN

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  5. Tb tenho desses dias em que preferia ter ficado no ventre de minha Mãe ou então ficar a formir na posição fetal, para não ter que lidar com este mundo filho da mãe, mas é bom renascer todos os dias, tentando perscrutar alguma Lição do menos bom em cada obstáculo, em algo menos positivo, até porqie, tantas vezes, empolamos o irrelevante e descuramos O Essencial, que é estarmos vivos. O renascimento permamente é a única via de libertação (creio eu hoje-sabe-se lá amanhã...:)- não, creio que é mesmo, pois permite-nos pôr-nos em questão perante quem merece, claro...

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  6. Esquecio-me do essencial :) gostei muito como sempre :)

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  7. O seu "Sísifo", Poeta,
    ao do Torga leva a palma,
    porque além de ter mais alma
    é de forma mais selecta!

    JCN

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  8. A quadra só tem rival
    no soneto que cultivo
    e que sendo o meu graal
    para outra coisa não vivo!

    JCN

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  9. seja a quadra ou o soneto
    lavrados por Castro Nunes
    ninguém pode pôr defeito
    se quiser sair impune

    eu com ele não me meto
    por simpatia e respeito
    - para evitar azedumes

    Abraço grande
    até que Saudades volte
    para dirimir consigo
    o acto de criar

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  10. Eu somente quis saber
    onde é que pára a "saudade"
    cuja criatividade
    sempre me deu que fazer!

    JCN

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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