sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

para Saudades - que tem estado com febre - DESENHAR UM CAVALO

há que desenhar um cavalo
:
bucéfalo
babieca

pegaso
buraq
rocinante

pintar-lhe asas de pássaro
flamingo pelicano

desenhar um cavalo
que conheça
o rumo de Zenith

desenhar
e montá-lo

2 comentários:

  1. Comovida, com(o)vida, agradece.

    Montar esse cavalo na febre dos cabelos/ Chamar-lhe o insondável bosque/ luz dilacerada/ Sol a pique montado/ Sem rumo cavalgado/Chamar-lhe Sem Nome/ E ainda assim soltá-lo/ para que voe ou suspendido salto/ Entre um rumor de brisas se desenhe a nuvem/ Que aos pés do cimo dos céus/ Guarde/ Em si mesmo o trote e o galope/ De tão aventurado riso/ Ou flauta ardente.

    (Saiu assim, mais rápido do que a luz, este fulgor que me trazes. Em agradecimento.)

    Grata, grata, por esse belíssimo desenho. Não o estrago, aperto-o na mão, que não é meu. Que nem é minha.

    Beijinho. Agora estou fanhosa, mais do que febrosa... não ranhosa, que isso não é estado de poeta!

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  2. fiquei com os olhitos húmidos

    obrigado por tanto

    Um dia
    sem que ninguém dê por isso
    as palavras se encontrarão
    para desenhar caminhos

    beijinho ex-febril

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