Um Ícaro de papel vou erguer à Lua,
enquanto baleias voadoras e mantas planadoras
vagueiam sob um céu violeta.
Vou ver seres, homens e mulheres,
que hibernam pacientes.
Aguardam pensamentos de cristal
para irem envergar,
asas de cores translúcidas.
Ocultas no mar sereno,
brincam medusas de água,
brilham sonhos de crianças,
com risos de gaivota.
E os cavalos-marinhos trazem melopeias,
para dançar com as anémonas.
Véus de esmeralda gentis,
encobrem delicados girassóis,
que nascem,
em busca do Amarelo.
Vou soprar grãos de areia
e germinar estrelas do mar.
A canção dos golfinhos dirá
palavras do futuro,
memórias do que poderia ter sido.
Vou agarrar sóis radiantes com as minhas mãos,
e semeá-los numa terra azul.
Tudo isto eu verei,
tudo isto farei.
(No respeito ao que leio e muito me maravilha, aceite um delicado sopro aspirado nas suas claras palavras: vibrantes.)
ResponderEliminarPermita-me, em gratidão:
Vislumbre.
Sedas nascidas da cor de violetas asas
Vestem de ícaros véus
Luas brandas,
Sóis velados.
Veleiros dedos no cristal
Translúcido da face.
Espanto primeiro.
Filhas de asas múrmuras
as crianças abrem os olhos ao azul
Onde céus deslizam água.
Nascidos nos olhos do amarelo girassol.
Nascem serenos pássaros
Em busca dos sopros da terra
Das viagens da seda.
Do que na face iluminada é novo
E brilha na dança da água azul.
Macia.
Flutuantes peixes coloridos
Brisam translúcidas águas.
Cristal dos olhos
erguidos à lua iluminada
Futura.
Gratidão.
Grata me sinto eu, por tão belas aspirações. E por despertá-las também. Está lindo! Grata por esse seu sentimento de reconhecimento às minhas humildes palavras. Grata por gostar do que escrevo.
ResponderEliminarÉ belo quando soltamos a alma, quando sentimos e somos.
Adorei a sua poesia, em jeito de inspirado desafio. Da mesma forma que me maravilha o que tem escrito por estas plumas da serpente. Bem Haja Maria, as melhoras pois sei que está engripada :).
é lindo, este (sobre)(vo)(m)ar...
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