quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Em todos os rumos
os ventos no levantar da tempestade
a cada passo no deserto
a consagração à mais íntima e funda quietude.

8 comentários:

  1. (Antes que aqui venha aquela senhora "alentejana" pôr a costumada prosápia de rebéubéu-pardais-natal...)

    Leio-te, Luiza:

    Arrumem-se os rumos: todos. Venha a intempérie que nos rume o levante dos ventos. Consagrados de desertos, a cada passo, iremos em alegria, no que nos aquieta o fundo em flor.



    (O agradecimento irmão de sempre, com um sorriso de agora)

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  2. lindo

    Bom Natal, Beijinho

    aproveito o espaço para endereçar semelhante voto ao comentador (ista?)
    anterior. Sem o adereço do beijinho, claro

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  3. Nota:

    Lamento profundamente a insolência e a falta de respeito dos apartes aqui deixados por MeTheOros. Alguém por quem tive sempre muita consideração e estima.

    Pela minha parte, estamos conversados. Não mais pronunciarei uma palavra sequer que seja dirigida directa ou indirectamente a essa pessoa.

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  4. Que essa quietude aquiete as mentes inquietas!

    Um beijo

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  5. Como já estava a tardar, a senhora do costume continua com a falta de sentido de humor do costume.
    E com o costume da falta de sentido.
    E com aquele desumor do sentido da falta.

    Mas sobretudo acusa, mais uma vez, falta de espelho. Não o de fora, dos que há em casa ou nas malas das senhoras, mas o de dentro: aquele que nos vê de dentro para fora, como uma lâmina que nos repassa as entranhas e rasga os tiques mumificados. Esse mesmo para que dói olhar, quando lá nos vemos.

    E depois, bem, depois fala-se e até se cita Rilke, de cor e com a boca cheia de mimos e trejeitos llansolinos: sabe tão bem!
    Mas... sabe-se lá o que disto eles, Rilke e Maria Gabriela não passaram ...!!?
    E o António Maria Lisboa?!!
    E o ...?

    Cansa-me engolir de novo os vómitos da língua viperina para enumerar aqui as polidinhas deidades coisificadas do costume, de que apenas se vê o bonitinho e o resultado. Mas é.

    É. Mas, fazer caminho de horror que eles fizeram, 'tá quieto!

    Quem tem, por aqui, mais "prosápia de rebéubéu-pardais" do que eu?

    Quem se "detesta" nisto mais do que eu?

    Quem a si mesmo insulta nisto mais do que eu a mim mesmo?

    Quem é perfeitamente indiferente a si mesmo, nisto, mais do que eu?

    Mas Isto (lamento, não há volta a dar) não é um campeonato de figurinhas de presépio com Maria e José com pézinhos quentes de anjo trôpego.

    É a Vida: fria e crua! E bela, por isso. Mas a Vida (a verdadeira, não a imaginada ou ficcionada) não se compadece com bijutarias como amofinos ou amuos: está-se nas tintas para essas miudezas e meneios de cabeça e rodriguinhos de estilo.

    A colecção dos amofinos e amuos, entretanto, começa a ser infinda. Não tarda, dá para preencher um álbum de cromos, e acho que até sobra.

    O mais feiudo lá, claro, sou eu. O mais lindinho, cada um descubra quem será...

    O que complica a coisa e o terminar o raio da colecção é que os opostos, os extremos e o diacho dos contrários têm a infeliz "mania" de se tocarem e desaparecerem quando se olha para eles melhor.

    Pois. É a coisa do espelho. Embaciado, ou não - conforme esteja(mos).

    Que chatice!
    E logo a chatice é igual, aquém e além Tejo...! Não está certo - dizem apressadas as almas boazinhas e os meninos de coro dos jardins das catedrais em ruínas!

    Mas, como diz, entretanto, sublimemente a Luiza (e é isso que aqui importa):

    "a cada passo no deserto
    a consagração",
    [...]
    "os ventos no levantar da tempestade"
    [...]
    “EM TODOS OS RUMOS”
    [maiúsculas minhas]

    Em todos!!!
    Os rumos!!!

    E rumo, rumo é também (e, quem sabe, se não sobretudo) o ir perdido.

    Rumo é não ter rumo.
    Rumo é des-a-rumar(-se).

    Ao que parece, não serviu de nada a fieira de onomatopeias de falas de animais ontem aqui algures deixada por alguém agora aqui muito a propósito.

    E, no entanto, somos isso: algaraviada sem sentido. Por isso fazemos tanto sentido uns para os outros.

    Andamos perdidos. Óptimo!

    Mas alguém que o reconheça é logo fuzilado com os olhos da boa consciência das alminhas de livro das horas na mão!

    Que di-stância da "consagração à mais íntima e funda quietude"!

    E, porém, estamos encharcados dela...

    "Dá-me os óculos!" - ouço mais uma vez dizer.

    (Nunca mais aprendemos! Euuuu, em primeiro!)

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  6. Um bom dia a todos vós, grata pela vossa preciosíssima e abençoada companhia.

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  7. Belo, belo TheO! meu Irmão.
    "Encharcados de quietude", de insuperável quietude.

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