Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Em todos os rumos os ventos no levantar da tempestade a cada passo no deserto a consagração à mais íntima e funda quietude.
(Antes que aqui venha aquela senhora "alentejana" pôr a costumada prosápia de rebéubéu-pardais-natal...)
Leio-te, Luiza:
Arrumem-se os rumos: todos. Venha a intempérie que nos rume o levante dos ventos. Consagrados de desertos, a cada passo, iremos em alegria, no que nos aquieta o fundo em flor.
(O agradecimento irmão de sempre, com um sorriso de agora)
Lamento profundamente a insolência e a falta de respeito dos apartes aqui deixados por MeTheOros. Alguém por quem tive sempre muita consideração e estima.
Pela minha parte, estamos conversados. Não mais pronunciarei uma palavra sequer que seja dirigida directa ou indirectamente a essa pessoa.
Como já estava a tardar, a senhora do costume continua com a falta de sentido de humor do costume. E com o costume da falta de sentido. E com aquele desumor do sentido da falta.
Mas sobretudo acusa, mais uma vez, falta de espelho. Não o de fora, dos que há em casa ou nas malas das senhoras, mas o de dentro: aquele que nos vê de dentro para fora, como uma lâmina que nos repassa as entranhas e rasga os tiques mumificados. Esse mesmo para que dói olhar, quando lá nos vemos.
E depois, bem, depois fala-se e até se cita Rilke, de cor e com a boca cheia de mimos e trejeitos llansolinos: sabe tão bem! Mas... sabe-se lá o que disto eles, Rilke e Maria Gabriela não passaram ...!!? E o António Maria Lisboa?!! E o ...?
Cansa-me engolir de novo os vómitos da língua viperina para enumerar aqui as polidinhas deidades coisificadas do costume, de que apenas se vê o bonitinho e o resultado. Mas é.
É. Mas, fazer caminho de horror que eles fizeram, 'tá quieto!
Quem tem, por aqui, mais "prosápia de rebéubéu-pardais" do que eu?
Quem se "detesta" nisto mais do que eu?
Quem a si mesmo insulta nisto mais do que eu a mim mesmo?
Quem é perfeitamente indiferente a si mesmo, nisto, mais do que eu?
Mas Isto (lamento, não há volta a dar) não é um campeonato de figurinhas de presépio com Maria e José com pézinhos quentes de anjo trôpego.
É a Vida: fria e crua! E bela, por isso. Mas a Vida (a verdadeira, não a imaginada ou ficcionada) não se compadece com bijutarias como amofinos ou amuos: está-se nas tintas para essas miudezas e meneios de cabeça e rodriguinhos de estilo.
A colecção dos amofinos e amuos, entretanto, começa a ser infinda. Não tarda, dá para preencher um álbum de cromos, e acho que até sobra.
O mais feiudo lá, claro, sou eu. O mais lindinho, cada um descubra quem será...
O que complica a coisa e o terminar o raio da colecção é que os opostos, os extremos e o diacho dos contrários têm a infeliz "mania" de se tocarem e desaparecerem quando se olha para eles melhor.
Pois. É a coisa do espelho. Embaciado, ou não - conforme esteja(mos).
Que chatice! E logo a chatice é igual, aquém e além Tejo...! Não está certo - dizem apressadas as almas boazinhas e os meninos de coro dos jardins das catedrais em ruínas!
Mas, como diz, entretanto, sublimemente a Luiza (e é isso que aqui importa):
"a cada passo no deserto a consagração", [...] "os ventos no levantar da tempestade" [...] “EM TODOS OS RUMOS” [maiúsculas minhas]
Em todos!!! Os rumos!!!
E rumo, rumo é também (e, quem sabe, se não sobretudo) o ir perdido.
Rumo é não ter rumo. Rumo é des-a-rumar(-se).
Ao que parece, não serviu de nada a fieira de onomatopeias de falas de animais ontem aqui algures deixada por alguém agora aqui muito a propósito.
E, no entanto, somos isso: algaraviada sem sentido. Por isso fazemos tanto sentido uns para os outros.
Andamos perdidos. Óptimo!
Mas alguém que o reconheça é logo fuzilado com os olhos da boa consciência das alminhas de livro das horas na mão!
Que di-stância da "consagração à mais íntima e funda quietude"!
(Antes que aqui venha aquela senhora "alentejana" pôr a costumada prosápia de rebéubéu-pardais-natal...)
ResponderEliminarLeio-te, Luiza:
Arrumem-se os rumos: todos. Venha a intempérie que nos rume o levante dos ventos. Consagrados de desertos, a cada passo, iremos em alegria, no que nos aquieta o fundo em flor.
(O agradecimento irmão de sempre, com um sorriso de agora)
lindo
ResponderEliminarBom Natal, Beijinho
aproveito o espaço para endereçar semelhante voto ao comentador (ista?)
anterior. Sem o adereço do beijinho, claro
Querida Luisa
ResponderEliminarSorrio(te).
Nota:
ResponderEliminarLamento profundamente a insolência e a falta de respeito dos apartes aqui deixados por MeTheOros. Alguém por quem tive sempre muita consideração e estima.
Pela minha parte, estamos conversados. Não mais pronunciarei uma palavra sequer que seja dirigida directa ou indirectamente a essa pessoa.
Que essa quietude aquiete as mentes inquietas!
ResponderEliminarUm beijo
Como já estava a tardar, a senhora do costume continua com a falta de sentido de humor do costume.
ResponderEliminarE com o costume da falta de sentido.
E com aquele desumor do sentido da falta.
Mas sobretudo acusa, mais uma vez, falta de espelho. Não o de fora, dos que há em casa ou nas malas das senhoras, mas o de dentro: aquele que nos vê de dentro para fora, como uma lâmina que nos repassa as entranhas e rasga os tiques mumificados. Esse mesmo para que dói olhar, quando lá nos vemos.
E depois, bem, depois fala-se e até se cita Rilke, de cor e com a boca cheia de mimos e trejeitos llansolinos: sabe tão bem!
Mas... sabe-se lá o que disto eles, Rilke e Maria Gabriela não passaram ...!!?
E o António Maria Lisboa?!!
E o ...?
Cansa-me engolir de novo os vómitos da língua viperina para enumerar aqui as polidinhas deidades coisificadas do costume, de que apenas se vê o bonitinho e o resultado. Mas é.
É. Mas, fazer caminho de horror que eles fizeram, 'tá quieto!
Quem tem, por aqui, mais "prosápia de rebéubéu-pardais" do que eu?
Quem se "detesta" nisto mais do que eu?
Quem a si mesmo insulta nisto mais do que eu a mim mesmo?
Quem é perfeitamente indiferente a si mesmo, nisto, mais do que eu?
Mas Isto (lamento, não há volta a dar) não é um campeonato de figurinhas de presépio com Maria e José com pézinhos quentes de anjo trôpego.
É a Vida: fria e crua! E bela, por isso. Mas a Vida (a verdadeira, não a imaginada ou ficcionada) não se compadece com bijutarias como amofinos ou amuos: está-se nas tintas para essas miudezas e meneios de cabeça e rodriguinhos de estilo.
A colecção dos amofinos e amuos, entretanto, começa a ser infinda. Não tarda, dá para preencher um álbum de cromos, e acho que até sobra.
O mais feiudo lá, claro, sou eu. O mais lindinho, cada um descubra quem será...
O que complica a coisa e o terminar o raio da colecção é que os opostos, os extremos e o diacho dos contrários têm a infeliz "mania" de se tocarem e desaparecerem quando se olha para eles melhor.
Pois. É a coisa do espelho. Embaciado, ou não - conforme esteja(mos).
Que chatice!
E logo a chatice é igual, aquém e além Tejo...! Não está certo - dizem apressadas as almas boazinhas e os meninos de coro dos jardins das catedrais em ruínas!
Mas, como diz, entretanto, sublimemente a Luiza (e é isso que aqui importa):
"a cada passo no deserto
a consagração",
[...]
"os ventos no levantar da tempestade"
[...]
“EM TODOS OS RUMOS”
[maiúsculas minhas]
Em todos!!!
Os rumos!!!
E rumo, rumo é também (e, quem sabe, se não sobretudo) o ir perdido.
Rumo é não ter rumo.
Rumo é des-a-rumar(-se).
Ao que parece, não serviu de nada a fieira de onomatopeias de falas de animais ontem aqui algures deixada por alguém agora aqui muito a propósito.
E, no entanto, somos isso: algaraviada sem sentido. Por isso fazemos tanto sentido uns para os outros.
Andamos perdidos. Óptimo!
Mas alguém que o reconheça é logo fuzilado com os olhos da boa consciência das alminhas de livro das horas na mão!
Que di-stância da "consagração à mais íntima e funda quietude"!
E, porém, estamos encharcados dela...
"Dá-me os óculos!" - ouço mais uma vez dizer.
(Nunca mais aprendemos! Euuuu, em primeiro!)
Um bom dia a todos vós, grata pela vossa preciosíssima e abençoada companhia.
ResponderEliminarBelo, belo TheO! meu Irmão.
ResponderEliminar"Encharcados de quietude", de insuperável quietude.