Entre-vejo,
Ao longe,
A invisibilidade dos seres
Encerrados no seu próprio casulo,
Emaranhados nas mais finas teias
Da sua esmagadora infinitude.
Ante-vejo,
Ao longe,
Os vagantes, doces e leves,
Em todos os caminhos paralelos
Que a tragicidade existencial replicam.
Entre-Vivo,
De perto,
No Universo insólito
De um mundo sonhado,
Que da realidade terrena se afasta.
Ergo-me, então,
Para os límpidos céus,
Para a harmonia musical
Das divinas esferas,
Encobertas pela vil hipocrisia.
Afasto-me dos homens.
Paira a simplicidade
Do cosmos dos Anjos,
Guardiões
Das consciências apoquentadas,
Auditores
Dos pensamentos inconscientes,
Mensageiros
Dos insondáveis segredos
Das mentes abnegadas.
Isabel Rosete
Isto, bem, merece (?) ser citado:
ResponderEliminar"Afasto-me dos homens.
Paira a simplicidade
Do cosmos dos Anjos,
Guardiões
Das consciências apoquentadas,
Auditores
Dos pensamentos inconscientes,
Mensageiros
Dos insondáveis segredos
Das mentes abnegadas."
Ok. Calma, MeTheOros! Não te enerves. Vamos por partes (as gagas, as íntimas e as outras):
"Paira a simplicidade do cosmos": deve ser uma nova Theory of Everything, acredito.
Mas... "cosmos dos anjos"?
Bom, enfim, vá lá! Mas... o que há a guardar em "consciências apoquentadas"? A apoquentação?
Imagino que os anjos, ainda que do cosmos sejam - o que já é um tanto des-arrumado (des-cosmizado), e não dos vários céus-, tenham outras coisinhas menos bocejantes para fazer. Não terão?
"Auditores
Dos pensamentos inconscientes"
Meus amigos, já estou a ver as auditorias que por ali não vão, na certa. Uii! E os pensamentos que eles não hão-de auditar?!!
Não terão, por acaso, uns quantos a mais, que nos dispensem, para auditarem o morto-vivo (des)Governo desta Bananública??
Mas(pergunto)... que são exactamnente "pensamentos inconscientes"??
Não sabia que existia disso? Eles inventam cada coisa!!
Mas adiante: prossigamos.
"Mensageiros
Dos insondáveis segredos
Das mentes abnegadas"
"Mensageiros"? Ok. Afinal, sempre são anjos (não é mesmo isso que a palavra quer dizer?)
"Insondáveis segredos"? Pois sim. Por lá não deve haver "quebra do segredo: de justiça ou de injustiça, presumo. Logo, como é normal, tudo o que é segredo é insondável.
Mas..."segredos das mentes abnegadas" deixa-me novamente confuso.
Não basta à abnegação ser secreta? Precisa, ainda por cima, de ser insondável? Ó da breca!
Isto até parece certas estratosferas dos céus políticos mais nublados, cá da urbe, ou determinados paraísos da impunidade aventalada.
Mas, pelos vistos, não precisam de ser segredos e insondabilidades políticas: basta que sejam poéticos. Ou suponham sê-lo. Mas, pensando bem, nem filosoficamente falando o são.
Pobres mensageiros!
Já nem se pode ser anjo.
P.S.
Está aqui o safardana do Lapdrey, a espicaçar-me, por querer dizer:
"Não há quem diga a esta senhora para se dedicar antes às greves? De escrita!?"
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ResponderEliminarOs quatro comentários apagados eram meus.
ResponderEliminarPor quatro vezes, o Blogger disse-me que o meu comentário era demasiado extenso para ser aceite.
Afinal, tinha aceite o envio, logo à primeira.
(A Google deve ter gente em greve hoje, também)
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ResponderEliminarVou buscar uma cadeira??
ResponderEliminar:)
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ResponderEliminarPode começar, Fausta!
ResponderEliminar:))
P.S. Tenho apenas uma dúvida, mas hoje estou em greve, não me apetece pensar: greve ao pensamento, então!
Qual a frase mais aceitável: "ouve--se em pé" como diz, ou ouve-se de pé?
Ciberdúvidas, com ela! Ou Lindley Cintra... ou pura e simplesmente sento-me a meditar e a ser feliz. pacifica e docemente... Como convém a quem está em greve de si mesma...
Sorrisos "apatetados"!
Gostava de ter este livro, onde posso encontrá-lo, cara amiga Isabel?
ResponderEliminarSaudações
Grato, um abraço.
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