quarta-feira, 27 de outubro de 2010

-amigos-




Não é ainda a pele,

Apenas um rumor de lã nas camisolas,
um recado a lembrar tardes no feno,
linho lavado,
o sol mordendo um rio pela manhã,
assim é a distância entre a minha mão e o pessegueiro.

Na estrada,

as flores demoram-se até às laranjas,
mas o aroma do pomar faz sede e os olhos cegam,
na promessa de gomos novos e doces,
os mais doces.

Talvez por isso se continue a viagem,
sem olhar para trás.

Maria Do Rosário Pedreira

7 comentários:

  1. Antes de seguir viagem,sinto o aroma deste pomar,levo comigo desejo de retornar.Gosto vir aqui.Beijos

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  2. ANAEDERA

    Boa escolha de poema
    Boa foto de Bonsai

    tenho pena
    de não ter pomar
    igual ao do
    poema

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  3. Muito bonito. Ficou cá dentro, suspenso :)

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olhando agora com mais atenção para a imagem, é uma romanzeira ou um dióspireiro?

    Seja como for, o poema é doce, tal como toda a fruta que nasce nesse pomar.

    Abraços

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