Claro
que as árvores também fazem amor.Qualquer botânico de pacotilha
sabe que determinadas espécies têm os dois géneros, e que as fêmeas podem selecionar, e engravidar de frutos com pólen de eleição. Talvez do macho mais robusto, mais composto, com flores mais apelativas.
tb as fêmeas, à semelhança dos insetos, pe, libertarão feromonas
capazes de atrair o pólen dos machos a muitos quilómetros de distância. Eu tenho um castanheiro aqui em Arraiolos, consideravelmente longe de soutos ou mesmo de especimes isolados, contudo produz castanhas com uma regularidade cronométrica. Umas vezes mais escuras, quase pretas, outras vezes castanhas - fazendo jus ao nome. Uma cacofonia de cores
o que significa, no mínimo, uma troca de parceiros. Uma infidelidade conjugal, passível de lapidação em qualquer regime islâmico.
e há ainda a situação bem conhecida
de híbridos, resultantes de relações fora da espécie - sobreiro X azinheira
como as mulas são produto de cruzamento égua X burro ou cavalo X burra
é contudo digna de registo a sua intuição para o problema, pelo que me apresso a felicitá-lo aqui da minha quinta em Arraiolos
e já agora deixe-me confidenciar-lhe que é conhecida e frequente a prática amorosa entre humanos e animais - uma zoo qualquer coisa -
não tanto, mas existente também
uma homofitogamia que consiste no estabelecimento de relações amorosas entre pessoas e vegetais
- árvores sobretudo.
no meu caso, não posso ocultar uma certa paixão pessoal por uma sedutora macieira Golden que me namora do quintal
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
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