esplendor sobre a relva
:
toalhas coloridas de meninos
flores amarelas de dente-de-leão
nascidas nem se sabe de onde
borboletas brancas
esvoaçando à procura de pólen
dente-de-leão devia ser tomada
por rainha
de resistência à roçadora de erva
:
entre dois cortes
esta Sisifo das flores
floresce
-nanogirassóis
amarelos e despenteados
pela pressa de afirmar-se
vindo do banho
um menino pega uma
sem a arrancar
e cheira-a
pergunto-lhe: cheira bem?
- sim - responde
:
cheira à cor do SOL
dente-de-leão,
ResponderEliminarEsse milagre medicinal em forma de planta,
poemas de Platero,
sempre bons de ler.
beijinho matinal
ResponderEliminargrato pela leitura
Está aqui implícita essa Origem, creio. No fundo misteriosa, em suma transparente e clara, percorrida que é pela leveza das ideias, é infante quando se enforma nas mãos de um menino e logo juvenil quando o seu olhar a alcança. Aos olhos desse menino a resposta desvelada é já de si adulta, e de poucas ou nenhumas explicações precisa. O menino, dá-nos essa solução, juntando num simples acto os cinco sentidos com os quais se constrói a intuição.
ResponderEliminarO poeta é o espectador atento que brilhantemente nos reconta a história do espectáculo, com poucas palavras, ademais, só uma, tal como o poema único com o qual as flores se revestem.
Gostei particularmente desta pequena grande história amigo.
Continuação! :)
Borboletas, flores e luzes... Muito contribuem para percepção dos sentidos...
ResponderEliminarCadê o link para seguir? Gostei do seu espaço!
LIVIA AZZI
ResponderEliminarestou diariamente no BLOG
"h-ortografias"
tente. Gostarei de a ver por cá.
beijinho