Oxalá você fosse a mulher da minha vida. :)
Oxalá, você visse o lance do guarda-redes espanhol Cacilhas com a sua namorada e, de comoção, chorasse.
Não porque acreditasse que ali existiria um amor eterno, uma relação sólida ou até mesmo uma cumplicidade especial entre os dois mas, simplesmente, porque, naquele instante, naquele pequeno grande instante, nada mais interessou e, saíram os preconceitos, saíram as noções do espaço social onde estavam inseridos, aí, caiu o “social” o “normal” o “tem de ser” – tudo isso se relativizou, ou se realizou à sua verdadeira importância, à passagem desse grande pasmo amoroso. Dirão agora os seguidores de Schopenhauer que, nesse instante, tudo não passaria de vontade de preservação da espécie? Pura orientação biológica? Que aquele seria o fim a que se destinaria?
Como estariam enganados.
Oxalá você já tivesse lido Schopenhauer.
Oxalá você me visse e me adivinhasse como sua mulher. Ah, então eu choraria mal visse o lance do guarda-redes espanhol, Cacilhas.
ResponderEliminarNaquele instante, não mais que um breve inspirar e você me levaria ao paraíso. Depois, ah depois você me diria que era hora de ir, que você afinal é um homem muito ocupado e que a vida é carregada de responsabilidades. Palavras absurdas viriam da sua boca, antes doce. Você me abraçaria o abraço da despedida, tão conhecido nos nossos dias. Amanhã, sim amanhã será um novo dia, um novo tempo de inspiração e talvez você seja outro e apareça de novo.