domingo, 9 de maio de 2010

Acerca dos festejos...e das coincidências

O que dizer, quando grande parte do país festeja em histeria os muitos milhões ganhos por pouco mais de meia centena de pessoas... e grande parte deste país arruína, passa fome e esconde a miséria e pobreza de valores... é a apologia da corrupção e do roubo descarado. Fado, Futebol e... Fátima. Coincidências.

7 comentários:

  1. Estou de acordo consigo, neste desacordo em que vivemos. Também vejo como um filme já visto os três Efes saltarem, enquanto a "ruína" mina...

    Que incoincidência... que indecência!!!

    O que festeja este povo?
    Que razões tem para festejar?
    A Vida? Sempre!
    Mas a vidinha...
    Está muito difícil...
    Para muitos...
    Para cada vez mais e de forma mais descarada...
    o despudor!
    A falta de vergonha!

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  2. realmente alguém anda a dar-nos fado, futebol e fátima... fado na televisão (na tv do estado), futebol (jogos e imensos programas de erudição futebolística) e agora... fátima, com o 13 de maio e a vinda de Bento XVI. Parece que pouco mudou desde o regime salazarista... apesar de aparentemente reinar um maior espírito de liberdade no ar. Mas será liberdade ler jornais cujo conteúdo é manipulado por corporações? Será liberdade ter mais poder de compra para consumir e seguir cegamente os nossos impulsos ávidos? será liberdade viver para consumir e produzir para consumir, fechados neste ciclo que vendo bem não tem saída?
    Vivemos em crise, ou seja, o dinheiro escasseia para o consumo e os nossos impulsos manifestam-se cada vez mais... E os governantes anestesiam-nos logo com o "fff".
    Julgo que a histeria não é a apologia da corrupção e do roubo descarado... A histeria é a manifestação da ignorância do que de mais rico há em nós e no mundo; a histeria é a apologia do homem que morre passando a vida à procura de tesouros longe de casa, sendo a casa o local onde afinal sempre esteve o tesouro.

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  3. A história repete-se... Mal de quem não desperta deste círculo vicioso.

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  4. 3 eFes ?

    acrescentaria um quarto- que termina em "...da-se"

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  5. Estas celebrações são uma mostra de felicidade ... É o "artigo genuíno" no que toca à felicidade ... É asneira pensar que é uma felicidade diluída, inferior. Não se pode dizer a um tipo que está no meio da rotunda do Marquês de Pombal, de cachecol erguido, e que grita de alegria a plenos pulmões hinos clubisticos "Desculpe lá, mas o sr. está equivocado ... isso que sente não é felicidade, porque eu é que sei o que é felicidade".

    O grande problema deste tipo de "felicidade" é que não é uma felicidade alicerçante, que constrói frutos para o futuro, e promotora de tranquilidade.
    O "celebrar" não é o problema ... Problema é as celebrações terem o potencial de fazer varrer para debaixo do tapete outras preocupações e necessidades bem mais pertinentes.

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