Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio"
"A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio; quem apareça manchado de superstição ou de fanatismo ou incapaz de separar e distinguir ou dominado por sentimentos e impulsos, não o tomarei eu como guia do povo; antes de tudo uma clara inteligência, eternamente crítica, senhora do mundo e destruidora das esfinges; […]
Hei-de vê-lo depois despido de egoísmos, atento somente aos motivos gerais; o seu bem será sempre o bem alheio; terá como inferior o que se deleita na alegria pessoal e não põe sobre tudo o serviço dos outros; à sua felicidade nada falta senão a felicidade de todos; esquecido de si, batalhará, enquanto lhe restar um alento, para destruir a ignorância e a miséria que impedem seus irmãos de percorrer a ampla estrada em que ele marcha.
Nenhuma vontade de domínio; mandar é do mundo de aparências, tornar melhor de um sólido universo de verdades; […]
Será grato aos contrários, mesmo aos que vêm armados da calúnia e da injúria; compassivo da inferioridade que demonstram fará tudo que puder para que melhorem e se elevem; responderá à mentira com a verdade e ao ódio com o bem; tenazmente se recusará a entrar nos caminhos tortuosos; se o conseguirem abater, tocará com humildade a terra a que o lançaram, descobrirá sempre que do seu lado esteve o erro e de novo terá forças para a luta; e se o aplaudirem pense logo que houve um erro também"
- Agostinho da Silva, “Quanto aos noviços”, Considerações [1944], in Textos e Ensaios Filosóficos I, pp. 119-120.
o caminho da santidade...
ResponderEliminarO caminho mais difícil, num sentido, e o mais fácil, noutro... Pois a que levam todos os demais caminhos?
ResponderEliminarSerá Agostinho uma esfinge.
ResponderEliminarA frase do título encerra a sentença perfeita.
ResponderEliminarCreio que antes do caminho da santidade vem o caminho da sabedoria.
A sabedoria leva à santidade, mas nem sempre a "santidade" leva à sabedoria.
Solta-se uma gota de suor
ResponderEliminarque me escorre da testa,
pinga de meu nariz e bate-me no peito, de tanto caminho percorrido , assento meu joelho na terra e que me sirva de alento a poça de gotas que tenho sob meu reflexo...
O que tu deves ter, ó Mango, é gota nos miolos. Trata, homem! Controla esse ácido úrico, senão acabas como o Augustinho a dizer pataratices... geniais. Vai por mim! JCN
ResponderEliminarÓ KUNZANG. hás-de dizer-me onde fica esse tal caminho da santidade! Estou vivamente interessado. Podes crer. Passa acaso pelo Tibete?!... JCN
ResponderEliminarÓ Augustinho! vai dizer essa a outro! De mim próprio... já eu me libertei; o que não consigo é libertar-me dos outros, que são como carraças, a começar pelo BAAL. Que belzebu lhes prepare um bom lugar... com aquecimento central e demais comodidades contra as invernias! Deus me livre de tais carraças, que de mim já eu me libertei, graças aos sermões do Augustinho, o vendedor da banha da cobra. Que te compre... quem não te conhece, ó pá! JCN
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