Se o Homem pudesse costurar o seu Tempo e de duas linhas, apenas, dispusesse e de entre essas duas uma só tivesse de escolher, qual seria a eleita: a linha da quantidade ou a da qualidade?
Assim se pode descrever o Tempo: a) o Tempo sequencial, cronológico; b) o Tempo oportuno, um momento indeterminado no Tempo em que algo especial acontece, uma espécie de Tempo sem medida. Ao primeiro os gregos designavam de “Kairos” e ao segundo de “Chronos”.
Vivemos demasiado presos ao Tempo; cada vez mais apressados e somos, indubitavelmente, seres temporais, isto é, vivemos “dentro do Tempo”. Desde a antiguidade que a questão do Tempo atormenta os filósofos, teólogos, psicólogos e escritores, entre outros. Inventaram-se meios de medição do Tempo: o relógio, o calendário. Mas a Felicidade como cabe no Tempo? Como deve ser medida?
Urge dar qualidade ao Tempo e qualidade é, hoje mais do que nunca, sinónimo de felicidade.
Vejamos o Tempo em Fevereiro: nas ruas vende-se o dia 14 de Fevereiro – dia dos namorados. Mas não há lugar para o dia 11 de Fevereiro – dia mundial do Enfermo. Qual a razão? Aqui entra a linha da qualidade, da importância que atribuímos a cada dia do nosso Tempo e da partilha que fazemos destes dias em sociedade, nas ruas. E nestas ruas, tão pobres, apenas vejo consumismo desenfreado e oco.
Crianças de colo não têm a noção de Tempo e adultos com certas doenças neurológicas ou psiquiátricas podem perdê-la. Até que ponto nos tornamos crianças e doentes ao marginalizarmos datas importantes que carecem, qualitativamente, de Tempo?
Caminhamos para o fim da História, a ausência de Tempo? Urge, sem demora, reinventar uma nova medição na linha de qualidade do Tempo. Saibamos, pois, escolher dias com fruto numa Humanidade desde muito à sombra.
Vivemos demasiado presos ao Tempo; cada vez mais apressados e somos, indubitavelmente, seres temporais, isto é, vivemos “dentro do Tempo”. Desde a antiguidade que a questão do Tempo atormenta os filósofos, teólogos, psicólogos e escritores, entre outros. Inventaram-se meios de medição do Tempo: o relógio, o calendário. Mas a Felicidade como cabe no Tempo? Como deve ser medida?
Urge dar qualidade ao Tempo e qualidade é, hoje mais do que nunca, sinónimo de felicidade.
Vejamos o Tempo em Fevereiro: nas ruas vende-se o dia 14 de Fevereiro – dia dos namorados. Mas não há lugar para o dia 11 de Fevereiro – dia mundial do Enfermo. Qual a razão? Aqui entra a linha da qualidade, da importância que atribuímos a cada dia do nosso Tempo e da partilha que fazemos destes dias em sociedade, nas ruas. E nestas ruas, tão pobres, apenas vejo consumismo desenfreado e oco.
Crianças de colo não têm a noção de Tempo e adultos com certas doenças neurológicas ou psiquiátricas podem perdê-la. Até que ponto nos tornamos crianças e doentes ao marginalizarmos datas importantes que carecem, qualitativamente, de Tempo?
Caminhamos para o fim da História, a ausência de Tempo? Urge, sem demora, reinventar uma nova medição na linha de qualidade do Tempo. Saibamos, pois, escolher dias com fruto numa Humanidade desde muito à sombra.
(Publicado no Jornal "Entre Vilas", Sandra Ferreira, 10 de fevereiro de 2010)
Poder ser a quantidade da qualidade...
ResponderEliminarO Chronos de Kairos.
o Tempo que cabe na Felicidade sem medida
Na escala sem limite, chamada Amor.
Depende do ponto de vista da quantidade e da qualidade.
ResponderEliminarDepende sempre de quem "olha", pesa, mede, sente e "sabe".
Aqui vai uma excelente proposta em relaçao ao tempo e qualidade das coisas.
ResponderEliminar"Saibamos, pois, escolher dias com fruto numa Humanidade desde muito à sombra."
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA fotografia... faz lembrar... a "mala de cartão"... vista por trás. JCN
ResponderEliminar