Poeta quer dizer Possesso. Não devemos confundir os artistas do verso com os criadores de Poesia. Os primeiros interessam apenas à Literatura, ao passo que os sgundos têm um interesse vital e universal, como uma flor ou uma estrela.
Teixeira de Pascoaes
Só agora, senhor KUNZANG, é que vossemecê chegou a essa constatação?!... Tome o TGV, quando o houver. JCN
ResponderEliminarPossesso quer dizer... sem possese? JCN
ResponderEliminarDe ser artista
ResponderEliminarmas sim poeta.
Poeta existêncial diria.
Poesia,
possesso dela.
Ó pá! convence-te de que não há poeta que não seja artista. Põe os olhos em ti, pá! que não passas de um "toco"! Enxerga-te, pá! JCN
ResponderEliminarO tempo fez-me eternidade
ResponderEliminarvejo o espaço, contemplo
e o que vejo é saudade
uma saudade sem terra, sem pátria, que busca
que aparece assim, sem porquê, que é brusca
e que bruscamente tudo envolve, para tudo tomar
e que mete para dentro e explode, lá fora
num outro lugar.
O tempo fez-me eternidade
o abismo sem idade, vagamundo
sem cidade, cidadela, ruela, irrotundo
sem forma, para além do que se adora
ou do que se pode adorar, sem ninguém, calor ou luar
um acontecer que não sei se acontece
perecer que não bem perece, para lá
além-prece, além da malha que o mundo tece
o coração aquece, o coração ferve e jorra todo, e jorra e chora
para o corpo exposto ao infinito, aberto
não está longe nem perto, em devir
adormecido, desperto.
Vou-te oferecer um gatinho!
ResponderEliminarTas possesso.
Como é que confundes poesia com um "toco" ?
Cheguei a pensar, aterradamente, que a tua "eternidade", caro Nuno, não tivesse fim. Que eternidade... tão comprida! Já não a quero. Prefiro... ser efémero: é menos chato. JCN
ResponderEliminarA confusão... está do teu lado, ó pá! Continuas a ser um "toco"... de vassoura. JCN
ResponderEliminarJota Cê,
ResponderEliminarTodas as gargalhadas que dou ao ler-vos dão mais energia e elasticidade à pele que um tratamento de beleza. O que no meu caso seria uma figura de estilo que não aprecio particularmente e, por isso, uso pouco (adivinhem qual?):)
Felicito o seu sentido de humor, muito directo, muito inteligente, e muito, muito...
Bem, mais não digo para não "azedar" ou "adoçar" como queiram!
Obrigada por me fazer rir. É uma arte.
Cumprimentos J.C.N!
P.S. Essa de "Tome o TGV, quando o houver é (hahahahaha!!!) de mestre!
Teixeira de Pascoaes foi um poeta de que se pode dizer que a poesia o possuiu, o tomou em sonho e em espectro de si o saudou saudoso universal, poeta do verbo, da natureza e da alma. Pertencia ele aos que florem no chão estrelas, que são poemas. Poemas que são como folhas que descem na alma que sobe em asa e rumor brando e fero da serra em Marões de alma o canto
ResponderEliminarfaz-se luz e a luz sombria flor do verbo feito corpo. Carne espiritual do verbo. É meu irmão de obscuros lugares sem lugar. Sabe os segredos que aos deuses são dados, aos claros e escuros deuses do humano jardim criado.
também queria rir, mas não consigo porque hoje estou triste e mais triste fico porque não encontro o texto onde me esqueço. venho à serpente esboço um sorriso, triste fico porque não hoje não sei como se faz para rir do texto ou com o texto. quem dera estar possessa e talvez ser poeta, para arrematar esta conversa. Mas hoje estou triste, sequer sei o desenho do riso. Quem dera estar possessa!
ResponderEliminarfluoxetina hipoclorido, melhor... melleril, metamydol, roipnol, venlafaxine, sertralina, lydocaína, lofepramina, zopiclone, citalopram, por fim, thorazin, recuso o seroxat... 100 aspirinas e uma garrafa de cabernet sauvignon búlgaro colheita de 86, acordo numa piscina de vómito e digo, durmo com um cão, levante cheio de moscas, fortes dores estomacais, nenhuma outra reação, despoluída...
ResponderEliminarPaladar da loucura,
ResponderEliminarNão pude deixar de me sensibilizar com o seu comentário. Pascoaes é um grande e divino Poeta. João de Castro Nunes é um homem que escreve versos, sonetos bem conseguidos, mas é um Homem, não um Santo. Eu não sou Ninguém ou se for é como se fosse uma criança que ri quando tem vontade e chora e etá triste. Possessos estamos todos de vida. Encontrar Vida na vida Mundo no mundo é sermos poetas, ao nosso jeito, de forma particular. O Magno Jardim, que é um jardim, não da "Magno" mas mesmo um magno jardim... O Nuno, excepcional, jovem cheio de Amor...
Todos, todos! (Desculpem a visão hoje cor-de-rosa). Comprei uns óculos novos (risos)
Não fiques triste, Paladar da loucura, olha o dia de hoje: Belo! Luminoso! Assim és!(sorriso)
Não fiques triste e não escutes o "constipado lá de baixo" a "cobra" vomitada, como diria a Fausta apagada!
Um sorriso resolve isso com facilidade. Um olhar e um sorriso e não precisas de gastar dinheiro em outros aditivos. A beleza é ja de si, um tremendo aditivo e a arte, a Poesia, são outros, a vida vivia! Esse é o problema! (gargalhada)
Fazer florir sem palavras... Só com o olhar! O silêncio ri muito.
O silêncio é uma boa companhia, depois do poema e da música. Já ouviste o som do dia?
Um beijo de Alegria
E não te esqueças que, como diz o poeta e o Paulo Borges, "devemos ser contagiantes!"
Atitude positiva! Isto é tudo um espelho.
Onde se lê "vivia" deve ler-se "vicia". A frase passa a ter algum sentido.
ResponderEliminarNão ressalvo as outras incorrecções, desculpem. Talvez não prejudiquem a compreensão do comentário.
Beijos e tenham um BOMDIA!
("Sorri-dente")Todos: "bons" e "maus"! (ahahaah!)
Há tantos santos e anjos maus. A cada momento somos quase todos ao mesmo tempo. Se escrevi a tristeza, leio tua mensagem com um sorriso rasgado. Sem medo da tristeza, certa da gargalhada - eterno contraponto.
ResponderEliminarNão tenhas medo da minha tristeza, Saudades do Futuro.Ela é tanto minha quanto vossa.
Se agora sorrio, vem depressa e acolhe o gesto que partilho. Se medo.
Já são quatro da tarde. Na serpente espreito a noite e todos os desejos. Se houvesse o TGV eu estaria em Madrid. Até lá vou ficando por cá.
Beijos
Se agora sorrio, vem depressa e acolhe o gesto que partilho. SeM medo.
ResponderEliminarNão tenho medo e não quero ir a Madrid(sorriso), mas quem queira tomar o TGV... Pois pode ser tão eficiente como uma aspirina para a dor de cabeça :) ou um desses medicamentos receitados pelo(a) Harkshis. Fico bem em saber que "Serpentina" sem Medo. Apesar de saber que há quem seja possesso delas ou por elas... "Sem possese"?, como insinua JOTA CÊ!
ResponderEliminarFica por c á o teu paladar.
Um sorriso :)
JCN também não te apetece viajar? Levo comigo todos, sem TGV. Até levo a Fausta, mascarada. Levo todos os que inventam nomes mil por serem sempre a mesma pessoa. Só não levo remédios - prefiro o vinho a escorrer pelo corpo, enquanto danço. Se chegarmos tarde, recito um poema endiabrado. Se for cedo peço a quem saiba que toque um tango. No regresso - se houver caminho para trás, volto à Serpente, só para contar que se vai à Madrid sem o TGV.
ResponderEliminarQuerida Saudades do Futuro, acho foste tu quem me ensinou a viagem :)
Que "tocaria" !
ResponderEliminarUm abraço do "manguito" da vassora.
Arvore vibrou
viajou até Madrid
e se fez folha...
Em Ramos voltou
e quando deu por si
estava enterrado num
Magno jardim.
:)
...Possessos estão os nossos olhos da beleza das coisas que viajam sem saber para onde vão. Seguem-nas, como asas, os nossos olhos à solta e por cima da literatura as estrelas são flores que nascem em magno jardim. São flores de neve muito para além da nossa imaginação.
ResponderEliminarTodos os poetas são possuídos pelo gemido dos ramos e das árvores que se inclinam sobre os céus das folhas. Criam jardins e risos. Risos que podem ser de harpas e sons. Sons que são sorrisos, ainda que dos lados do jardim um vento forte suba à torre mais alta, para que seja tempestade nos cabelos que dão ao céu a filigrana de uma janela de olhares...
Cresce nos ramos a vontade de ser pássaro e em cada olhar debica-se a brisa como se o mar ali entrasse pelo olhar preto da gaivota que saiu do conto para poisar no Marão, onde Eleanor desabrocha na flor do seio da pastora.
Uma mulher que chora qualquer coisa de espectral e funda irrealidade...
Poesia de louco e de toques
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ResponderEliminarEsqueci-me de sorrir para o Magno Jardim :)
ResponderEliminar"Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
ResponderEliminarVolveu do fim profundo
Do mar ignoto á Pátria por quem dera
O enigma que fizera"
:)
Em filigranas de luz, que lindas rendas de bilros sabe tecer a "saudadesdofuturo", mesmo quando me retira a auréola da santidade e me deixa apenas o mérito do cinzelador de versos! Que seria das serpentes.. se não fosse o seu poder de as encantar com o fascínio poético das suas inspiradas palavras, gratas de se ouvir?! Só ela me prende a este ninho de lacraus! É o meu paládio... talhado em diamante puro. Não há lança que o trespasse.
ResponderEliminarPor isso vou ficando... para, fazendo-a rir, lhe espairecer as saudades que lhe dão nome. JCN